Depois que assisti ao jogo do Corinthians contra o Santos pela final do paulistinha, a disputa de pênalti entre Flamengo e Botafogo pelo título do Campeonato carioquinha e ao segundo de tempo de Bahia e Vitória na decisão do baianinho, levantei do sofá com uma vontade de saber como eu ia e como ia meu mundo. Não foi agora que descobri que o meu Orkut estava desatualizado e o meu perfil não tinha mais quase nada a ver comigo.
Mudei muito nos últimos meses. A mudança não aconteceu da noite pro dia, nem do dia 31/12 pro dia 01/01, ela começou lá em 2006. Com o tempo fui mudando, mudando e me transformei no que eu sou hoje. Descobri que além de ser um anjo, posso não ter cinco inimigos, mas as pessoas começaram a ver e a falar das minhas atitudes. Algumas aceitaram meu novo estilo de vida, minhas escolhas, ou, pelo menos, toleraram. Outras ganharam uma enorme interrogação sobre mim na cabeça, ao não conseguir entender determinadas decisões que tomei. Já outras pessoas adoraram a nova versão 2000inovo (não pretendo ficar somente em 2009). Antes eu era tímido, hoje não mais. Sou reservado e não vou conversar com você como se fossemos melhores amigos desde a infância, se nos conhecemos a 5 minutos atrás. Dê tempo ao tempo e um dia vamos conversar como se fossemos melhores amigos desde a infância sem nem sentir.
Também mudei a minha forma de pensar. Hoje tenho uma visão muito maior da sociedade, seus preconceitos, seus objetivos, suas vulnerabilidades. Enfim, passei a observá-la bem mais e não somente viver nela. Busco a compreensão da sociedade pra aceitá-la do jeito que é e me adequar às suas regras quando for obrigado ou quando não quiser causar qualquer constrangimento pra mim (sim, nessa parte sou egoísta, mas não sozinho, já que tolero as manias dela. Quero que ela também passe a tolerar as minhas). A sociedade macula muita coisa. Ela pinta de azul, amarelo e verde o que lhe convém e trará benefícios. Já o que não traz nenhuma vantagem ela pinta de preto e chama de loucura.
A parte da compreensão da sociedade entra agora. Nas brechas das leis, nos meandros das bases das pirâmides, ela permite que as pessoas sejam do jeito que elas são e querem, desde que não saiam do perímetro que ela estabeleceu. É como se ela disse onde e como você deve exercer suas subjetividades, permitindo que você viaje quando quiser, só não dê mole (com ela e nem com você mesmo), nem a incomode, porque aí as providências drásticas serão tomadas.
Utilizo a mesma fórmula, da sociedade, nas pessoas. Tento compreendê-las ao máximo, descobrir o que as motivou a tomarem determinadas atitudes e, principalmente, a forma como pensam sobre as coisas, a vida, o mundo e as outras pessoas. Já faz algum tempo que parei de julgar as pessoas. Hoje sinto pena de algumas delas e lamento muito pelo pensamento limitado e preconceituoso. As pessoas se acham na condição de julgar todo mundo sem investigarem a fundo o que aconteceu de fato e os seus principais detalhes. Elas fazem juízo de todos sem nenhum embasamento, apenas no achômetro e na visão limitada.
Recentemente, pude ver todo esse raciocínio em prática. Foi na semana santa, quando fui pra Búzios. Rolou várias coisas desse tipo durante a viagem. Era gente julgando gente por serem diferentes, gente querendo subjugar outras porque se acham melhores, gente falando de coisas que apenas viram o galo cantar, mas sem nem saber como ele cantou e por que ele cantou. Gente que teve o veredicto que não merecia, que foi dado apenas com base em atitudes extremamente irrelevantes ou fatos isolados, mas que na hora chamaram mais atenção do que a essência mais bonita e humana delas, esta última, geralmente, não é vista a olho nu pelas outras pessoas. Já as primeiras ficam expostas como carnes em açougue ou roupas em liquidação.
Descobri também que a vida é simples, além, do óbvio, de ser extremamente injusta com a esmagadora maioria. Não estou falando da injustiça das leis. A coisa é muito mais profunda do que seguir meras frases escritas em um livro intitulado Código de Leis, que foram ditas por alguém ou por alguéns. Estou falando da injustiça que as pessoas cometem umas com as outras. Pra quê ostentar o excesso, se a maioria mal tem o básico? Não é crime ter alguma coisa, muito menos é indicação de falta de caráter o querer ter algo, não sejamos hipócritas também, pode ter luxo, conforto, mas só não precisa esbanjar, dar salto mortal ou pintar a bunda de vermelho só para aparecer, com o único objetivo de mostrar que tem. Tenha tudo do bom e do melhor, mas fique plantado na sua. Afinal de contas, não se pode fechar os olhos para o mérito e o esforço da pessoa para alcançar o sucesso, ser bem-sucedido. A sociedade faz questão de mostrar as diferenças que existem dentro dela e não move uma palha sequer para mudar esse quadro. Não querem largar o osso ou dividir o banquete, apenas dominar, escravizar ou chantagear.
Não tenho esperança de um mundo perfeito. Os mundos que beiram a perfeição tiveram que sujar muito suas mãos para atingir a posição em que se encontram. Mãos que a primeira vista estão limpas e cheirosas, mas que um exame mais cuidadoso dá pra ver os calos e as sujeiras debaixo das unhas. Porém a sociedade concorda que os meios justificam os fins e, por isso, passaram a admirar essa quase perfeição. É como diz o ditado farinha pouca, meu pirão primeiro e é dessa forma que caminha a humanidade.Ah, e quanto a análise “de como eu ia”, já coloquei no Orkut. Meu perfil agora tem a minha cara. O próximo passo será o blog. O novo está perto de chegar e o velho continuará desse jeito que está aqui, não mudará em nada, só que a essência de quem escreve aparecerá muito mais no outro. Esse daqui é o da sociedade, os julgamentos serão feitos aqui a opinião será difundida por aqui, já as idéias serão lá. Porém fiquem tranqüilos a hipocrisia continuará passando muito longe daqui.
Mudei muito nos últimos meses. A mudança não aconteceu da noite pro dia, nem do dia 31/12 pro dia 01/01, ela começou lá em 2006. Com o tempo fui mudando, mudando e me transformei no que eu sou hoje. Descobri que além de ser um anjo, posso não ter cinco inimigos, mas as pessoas começaram a ver e a falar das minhas atitudes. Algumas aceitaram meu novo estilo de vida, minhas escolhas, ou, pelo menos, toleraram. Outras ganharam uma enorme interrogação sobre mim na cabeça, ao não conseguir entender determinadas decisões que tomei. Já outras pessoas adoraram a nova versão 2000inovo (não pretendo ficar somente em 2009). Antes eu era tímido, hoje não mais. Sou reservado e não vou conversar com você como se fossemos melhores amigos desde a infância, se nos conhecemos a 5 minutos atrás. Dê tempo ao tempo e um dia vamos conversar como se fossemos melhores amigos desde a infância sem nem sentir.
Também mudei a minha forma de pensar. Hoje tenho uma visão muito maior da sociedade, seus preconceitos, seus objetivos, suas vulnerabilidades. Enfim, passei a observá-la bem mais e não somente viver nela. Busco a compreensão da sociedade pra aceitá-la do jeito que é e me adequar às suas regras quando for obrigado ou quando não quiser causar qualquer constrangimento pra mim (sim, nessa parte sou egoísta, mas não sozinho, já que tolero as manias dela. Quero que ela também passe a tolerar as minhas). A sociedade macula muita coisa. Ela pinta de azul, amarelo e verde o que lhe convém e trará benefícios. Já o que não traz nenhuma vantagem ela pinta de preto e chama de loucura.
A parte da compreensão da sociedade entra agora. Nas brechas das leis, nos meandros das bases das pirâmides, ela permite que as pessoas sejam do jeito que elas são e querem, desde que não saiam do perímetro que ela estabeleceu. É como se ela disse onde e como você deve exercer suas subjetividades, permitindo que você viaje quando quiser, só não dê mole (com ela e nem com você mesmo), nem a incomode, porque aí as providências drásticas serão tomadas.
Utilizo a mesma fórmula, da sociedade, nas pessoas. Tento compreendê-las ao máximo, descobrir o que as motivou a tomarem determinadas atitudes e, principalmente, a forma como pensam sobre as coisas, a vida, o mundo e as outras pessoas. Já faz algum tempo que parei de julgar as pessoas. Hoje sinto pena de algumas delas e lamento muito pelo pensamento limitado e preconceituoso. As pessoas se acham na condição de julgar todo mundo sem investigarem a fundo o que aconteceu de fato e os seus principais detalhes. Elas fazem juízo de todos sem nenhum embasamento, apenas no achômetro e na visão limitada.
Recentemente, pude ver todo esse raciocínio em prática. Foi na semana santa, quando fui pra Búzios. Rolou várias coisas desse tipo durante a viagem. Era gente julgando gente por serem diferentes, gente querendo subjugar outras porque se acham melhores, gente falando de coisas que apenas viram o galo cantar, mas sem nem saber como ele cantou e por que ele cantou. Gente que teve o veredicto que não merecia, que foi dado apenas com base em atitudes extremamente irrelevantes ou fatos isolados, mas que na hora chamaram mais atenção do que a essência mais bonita e humana delas, esta última, geralmente, não é vista a olho nu pelas outras pessoas. Já as primeiras ficam expostas como carnes em açougue ou roupas em liquidação.
Descobri também que a vida é simples, além, do óbvio, de ser extremamente injusta com a esmagadora maioria. Não estou falando da injustiça das leis. A coisa é muito mais profunda do que seguir meras frases escritas em um livro intitulado Código de Leis, que foram ditas por alguém ou por alguéns. Estou falando da injustiça que as pessoas cometem umas com as outras. Pra quê ostentar o excesso, se a maioria mal tem o básico? Não é crime ter alguma coisa, muito menos é indicação de falta de caráter o querer ter algo, não sejamos hipócritas também, pode ter luxo, conforto, mas só não precisa esbanjar, dar salto mortal ou pintar a bunda de vermelho só para aparecer, com o único objetivo de mostrar que tem. Tenha tudo do bom e do melhor, mas fique plantado na sua. Afinal de contas, não se pode fechar os olhos para o mérito e o esforço da pessoa para alcançar o sucesso, ser bem-sucedido. A sociedade faz questão de mostrar as diferenças que existem dentro dela e não move uma palha sequer para mudar esse quadro. Não querem largar o osso ou dividir o banquete, apenas dominar, escravizar ou chantagear.
Não tenho esperança de um mundo perfeito. Os mundos que beiram a perfeição tiveram que sujar muito suas mãos para atingir a posição em que se encontram. Mãos que a primeira vista estão limpas e cheirosas, mas que um exame mais cuidadoso dá pra ver os calos e as sujeiras debaixo das unhas. Porém a sociedade concorda que os meios justificam os fins e, por isso, passaram a admirar essa quase perfeição. É como diz o ditado farinha pouca, meu pirão primeiro e é dessa forma que caminha a humanidade.Ah, e quanto a análise “de como eu ia”, já coloquei no Orkut. Meu perfil agora tem a minha cara. O próximo passo será o blog. O novo está perto de chegar e o velho continuará desse jeito que está aqui, não mudará em nada, só que a essência de quem escreve aparecerá muito mais no outro. Esse daqui é o da sociedade, os julgamentos serão feitos aqui a opinião será difundida por aqui, já as idéias serão lá. Porém fiquem tranqüilos a hipocrisia continuará passando muito longe daqui.
8 comentários:
Leandro! Que puta crônica! Destas que a gente lê e se pergunta: pq não fui eu a escrever?
Várias frases merecem ser grifadas e até servirem de epígrafes para outros textos. Entre elas, esta:
"a vida é simples, além, do óbvio, de ser extremamente injusta com a esmagadora maioria"
E percebo outra metamorfose. Talvez por ter estado muito tempo longe, vejo muito mais maturidade na sua escrita. Maturidade e competência linguística, viu?
Nossa, eu adorei!!!
Beijãozão
Evolução!! È isso meu lindo...Somos seres em evolução constante. Esse é o grande barato da vida.
Beijos de luz!
Eu diria que você adicionou e não mudou, a essência continua sempre a mesma. ;)
Vivendo, aprendendo e amadurecendo. Parabéns pela visão da vida.
Arrasou neste seu post,Leandro. Sem duvida,um dos melhores que ja li aqui. Que bom que vc percebeu que mudou e que foi para melhor. Sinal que o aprendizado da vida está acontecendo e vc está rumando mesmo para aquilo que ,dizem,é o nosso destino: sermos felizes!
Qto à hipocrisia,faz bem em deixá-la de lado e seguir em frente. A diferença para os outros logo se fará notar.
Grande abraço!
Mal, mal controlamos a nossa vida que dirá o mundo.A verdade é que la nave va...
Adoro mudanças!! elas sempre trazem novas experiencias... sejam mas ou boas sempre aprendemos e nos tornamos melhores...
Estou curiosa do novo blog... avise-me!
Bjos
Leandro é adorável e prazeroso te ler. Expressas tuas idéias de uma forma precisa, mas simples. Faço minhas as palavras da minha parceira Loba, acrescentando que tua visão da vida, é uma visão que deveria ser adotada por muitos jovens e não jovens tb. Bom te ver amadurecer, crescer, e fico grata ao destino que me trouxe até vc, até teu espaço. Tenho muita honra de ter te conhecido e de tê-lo lá no meu cantinho! E mais uma vez agradeço ao mundo virtual,a oportunidade de conhecer pessoas especiais como vc.
Beijos carinhosos
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