Minha pequena, eu te amo! Mas me desculpe por ter que tomar falta nesse compromisso da sua agenda social de domingo. É que no mesmo dia e horário um ídolo, um símbolo, um mito do meu time de coração voltará a entrar no campo de futebol depois de longos 6 meses de recuperação de uma lesão no ombro direito.
Sei que o compromisso é uma festa em que a temática é o time do Bahia. Time que tenho um enorme carinho. E seria justamente nessa festa que estrearia a minha camisa 3 do Tricolor de Aço, aquela vermelha que parece com a do Arsenal (ING), que eu ganhei no sortei do programa esportivo de uma rádio. A questão não é essa.
O problema é o jogo de amanhã é especial. É um jogo em que vestirei o uniforme nº 2, que é a camisa do 01 do meu time. O jogo de amanhã, vai me lembrar do jogo do centésimo gol dele, que foi justamente contra o Corinthians, no Paulista de 2011. Vai me lembrar do milésimo jogo de dele com a camisa do meu time, que foi contra o Atlético-MG no Brasileiro de 2011.
Vê-lo em campo amanhã, vai me lembrar da conquista do tricampeonato da Libertadores em 2005. Aquele campeonato que ele foi o único 10 da história do futebol que vestia a número 1. E que no final, antes de levantar a taça, ele disse que a partir daquele momento, poderia ir embora, poderia morrer, pois o sonho dele, a obrigação pessoal já estava cumprida. E cumprida com louvor.
E ainda bem que ele não foi embora do clube e não morreu. Pois amanhã vai passar pela minha cabeça, ele voando pra buscar a bola que Gerrard mandou no ângulo, onde a coruja dorme. Defesa que segurou o placar de 1 a 0 e garantiu o Tricampeonato Mundial, em dezembro de 2005. Sendo que nesta conquista, ele foi o camisa 1 de fato.
Perderei esse compromisso social por obrigação. Mas não é uma obrigação qualquer, de trabalho ou de qualquer outra coisa. É uma obrigação de amor ao time que eu torço. E o prazer de ainda poder ver um dos meus ídolos ainda em ação. Mas não se esqueça de uma coisa. Eu te amo!