A casa caiu

Em uma semana o Brasil acabou com o Big Brother. Tudo começou na terça-feira da semana passada quando a mais linda mulher da casa, Juliana, foi, inesperadamente, eliminada. Tudo bem que o BBB8 ganhou mais uma semana de vida respirando por aparelho. E ontem, o cérebro parou de funcionar. O corpo ainda vive, mas sob a ajuda de aparelhos não passa de um vegetal.

Marcelo era o suspiro de agito do BBB8. Era ele quem arranjava as confusões, brigava com todo mundo e tumultuava o ambiente. A casa só não ficava em harmonia por causa dele. E foi o único cara que armava as brigas. E como o povo brasileiro só gosta do pobrinho, do representante da paz, do calminho... Aí a cabeça dele rolou.

Sem o agitador, a casa vai chata. Agora todo mundo é amigo de todo mundo, ou na pior das hipóteses vão se aturar até o final. Dos que sobraram ninguém vai ter coragem de puxar uma arma e dar um tiro na paz. Não vai ter mais as lavagens de roupa suja. Rafinha vai continuar na dele do jeito que ficou o programa inteiro; Nathália (se não tem tu, vai tu mesmo... é a única que eu daria o milhão) parou com a fase das loucuras há muito tempo e agora faz de tudo para ser amiga todo mundo, se defendendo; Marcos dispensa comentários; Tati não passa de uma metralhadora verbal sem bala (fala muito, mas sem maldade); e Gysele é a pobrinha que já ganhou a vida no exterior, experiente em reality show, vai continuar naquela de nem fede, nem cheira.

Se fosse uma novela, o paredão de ontem seria o último capítulo. Foi o capítulo que o vilão teve o seu fim. O casal sobreviveu e hoje está rodeado dos amigos queridos que se gostam muito e não vão brigar de jeito nenhum. Com certeza não era o que Boninho queria. O programa vai ser chato até o fim, a menos que ocorra uma reviravolta na casa. O autor poderia escrever mais capítulos, fazer com que o casal se separe com litígios e que respinga no resto do pessoal. Só assim para adiar o fim da novela Big Brother Brasil 8.