quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Sonhando e trabalhando

Há um bom tempo atrás, quando entrei para este mundo dos blogs, li algumas dicas sobre como fazer um blog de sucesso. Li, mas nunca segui. Porém dentre as várias dicas uma me chamou atenção e que posteriormente observei na prática.

A dica era que o blogueiro deveria ter uma regularidade, justamente para que os leitores criarem o hábito de acompanhar o blog, saberem que determinado dia terá texto novo no blog.

Meu blog nunca se restringiu a um determinado tema. Sempre deixei claro que falaria sobre qualquer coisa que me chamasse atenção. Claro que temas esportivos, como futebol, fórmula 1, olimpíadas e outros, eram corriqueiros no blog.

Quando Ronaldo Fenômeno saiu do motel com três travestis direto para a delegacia, disseram pra mim que estavam aguardando o meu comentário sobre o caso. Meu blog nunca foi sucesso absoluto, mas vi que ele era no mínimo interessante. Ali, percebi que minha escrita podia não ser ótima, excelente, mas que ruim não era, afinal de contas, meus textos despertavam o interesse nas pessoas. Comecei a sonhar em viver da escrita, ser jornalista, colunista...

Hoje, estou terminando o 2º semestre de jornalismo. Sim, para quem não sabe, tomei coragem e resolvi dar novos rumos na minha vida e fazer o que realmente gosto e me fascina. Há alguns dias atrás, conversei com minha professora de Leitura e Produção Textual e pedi que me desse um feedback dos meus textos, para que eu possa corrigir os meus erros. Depois que ela deu uma olhada nos meus blogs e fazer algumas sinalizações, disse que espera meu texto sobre a final do Mundial de Clubes deste ano, entre Santos e Barcelona.

O tempo passou. Algumas coisas mudaram, porém continuo despertando o interesse das pessoas pela minha escrita. É, acho que não escrevo tão mal assim. E continuo sonhando em viver da escrita, mas dessa vez trabalhando de verdade pra ser jornalista, colunista...

sábado, 27 de agosto de 2011

O exemplo das Autoridades

Olha só que coisa. O subsecretário de governo da região metropolitana do Rio de Janeiro, Alexandre Felipe atropelou quatro pessoas na noite da última quinta-feira (25/08), depois de sair de uma festa em Niterói. Testemunhas afirmam que o subsecretário estaria alcoolizado no momento do acidente, pois o carro trafegava em zigue zague na via.

Três das quatro vítimas do acidente foram liberadas na mesma noite do acidente. No entanto, na manhã de hoje (27/08), uma das vítimas do acidente, Ermírio Cosme Pereira de 56 anos, teve morte cerebral confirmada pela Secretaria de Saúde do Rio.

O subsecretário, indiciado por lesão corporal culposa, passará a responder por homicídio com dolo eventual (quando se assume o risco de matar), aberto pela 81ª DP.

Seria mais um acidente de trânsito registrado, assim como acontecem milhares todos os dias no território brasileiro. Porém, o fato do subsecretário ser um ex-coordenador da Operação Lei Seca no Rio de Janeiro, o torna peculiar. Essa operação é uma das mais bem sucedidas do país pelo seu rigor, já que não importa a classe social, o bolso ou a fama do motorista, quem for pego ou se recusar a fazer o teste de bafômetro terá a carteira apreendida e enfrentará processo administrativo, como o deputado federal Romário, o senador Aécio Neves, o apresentador Bruno de Lucca, a atriz Danielle Winits, o cantor Djavan, a cantora Elba Ramalho, entre outras celebridades.

Já o subsecretário não teve a carteira apreendida pela Polícia Civil, pois apenas o Detran tem poder para aplicar essa punição administrativa.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Filme de um, mas com o dedo de um gênio

Esses dias li a resenha da Veja sobre o último Harry Potter. Isabela Boscov escreveu que “Ralph Fiennes pela primeira vez leva a sério seu Lorde Voldermort”. Ontem eu assisti Transformers 3 – O Lado Oculto da Lua. Steven Spielberg resolveu levar a sério o projeto Transformer e fez deste terceiro longa da série, o melhor de todos.

Tudo começou num ataque de estrelismo de Megan Fox, que se achou demais e resolveu comparar o diretor do filme, Michael Bay, com Adolph Hitler. Spielberg exigiu e foi dado uma justa causa pra Megan.

Nos dois filmes anteriores, a briga dos robôs só podia ser acompanhada com ajuda da super câmera lenta da Globo. Quando eles se embolavam só dava pra ver cabeças e membros sendo separados dos corpos. Nesse terceiro filme, Spielberg resolveu abrir sua caixa de mágicas e mostrou o pau quebrando a olhos nus.

Quem vai ao cinema para assistir um filme dos Transformers quer ver as máquinas se transformando em bípedes e lutando entre si. Logicamente que um roteiro convincente, bem elaborado também é necessário, afinal de contas não é um filme do tipo sexo explícito em que os personagens trocam duas palavras e entram em ação. O roteiro de Transformers 3 é bom, explica bem as coisas, mas achei um pouco longo demais. Dessa vez resolveram colocar as lutas para o final. Não critico este ponto, ficou bom. No entanto a explicação da estória ficou um pouco longa. Poderiam ter exugado mais, para as mulheres, que estão acompanhando seus namorados, não ficarem cansadas na hora da enorme batalha final. Outro ponto negativo foi o romance difícil de engolir (inclusive por uma mulher, pra não me chamarem de machista por insinuar que as mulheres são interesseiras) entre o mocinho da estória Sam Witwicky (Shia LaBeouf) e Carly personagem da estupidamente linda Rosie Huntington-Whiteley.

A longevidade do roteiro e o romance de ficção do protagonista não foram capazes de tirar o brilho da genia lidade de Spielberg com os efeitos especiais. O prato principal do filme que é a briga de robôs ficou saborosíssima.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Imprudência dos dois lados

Lembro de uma madrugada, voltando do reggae (chamado de balada pelo resto do Brasil) vi um mendigo ou morador de rua querendo atravessar a rua. Apontei lá no início da avenida com o meu carro e o cara estava mais ou menos na metade dela. Eu estava devagar, porque é claro, quando a cada ano que passa (também chamado de envelhecimento) essa coisa de sair correndo, pisando fundo vai perdendo o sentido quando você não é piloto e não está num autódromo. Mesmo me vendo longe e devagar, o cara esperou eu passar para atravessar a rua.

No último sábado (09/07/11), um Porsche e um Tucson colidiram em Itaim Bibi, zona Sul de São Paulo. Os carros colidiram num cruzamento. Depois que o Tucson passou pelo sinal vermelho e foi acertado em cheio pelo Porsche que vinha a 150 km/h. A advogada baiana, Carolina Menezes Cintra Santos, 28 anos de idade, que dirigia o Tucson, morreu no acidente. Enquanto que Marcelo Malvio de Lima, engenheiro, condutor do Porsche teve apenas lesões. O impressionante foi o estado em que ficou o Tucson, virou farelo, migalha. O Porsche ficou destruído também, mas o lugar onde fica o motorista salvou a vida de Marcelo.


O acidente aconteceu de madrugada. Carolina vinha de aniversário a alguns metros da sua casa, enquanto que Marcelo admitiu que havia bebido. De fato Marcelo foi tem culpa no acidente, segundo informações, a rua que ele vinha a 150 km/h é estreita, cheia de bares, casas noturnas, o que a prudência manda que tome bastante cuidado, já que bares, rua estreita significa gente alcoolizada no meio da rua.

Não tenho a intenção de ser advogado do diabo, mas Carolina poderia ter evitado o acidente. Ouvi muita gente dizendo que não dá pra evitar um acidente cujo um dos carros esteja a 150 km/h, é muito rápido não dá pra perceber. Mas um morador de rua só atravessou uma das avenidas de Salvador, há alguns anos atrás, depois que um veículo, que devia vir a uns 50, 60 km/h lá no início da avenida, passou.

Não estou tirando a culpa do motorista do Porsche, muito menos a transferindo para a motorista do Tucson, porém a meu ver, o acidente poderia ter sido evitado. Os dois motoristas foram imprudentes.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Elevador quebrado

Se o síndico do meu prédio lesse meu blog, tomaria conhecimento da minha reclamação: Que o botão 7 do elevador do lado do 703 e 704 não está funcionando. Se ele lesse o meu blog... Porque é isso que eu escreveria no livro ou caderno, chame como quiser, de ocorrência ou de reclamação...

"Depois de imaginar o sonho de estacionar o carro no local que já foi o clube Português e ir correndo até a academia Hangar 45, parei o carro, bem mais adiante, no início do Parque Costa Azul, lá mesmo onde os aprendizes de motoristas treinam baliza para o exame do Detran. E dali parti correndo pra Hangar 45. #partiuHANGAR 45. Malhei, resenhei e dei risada. Resenhei, dei risada e malhei. E depois #partiuCHURRASCARIA VILLAS (fica lá do lado onde parei o carro).

Chego em casa faço minha janta. Como, tomo banho, atendo o celular e aviso que já estou de saída, e vou para a “Super-Quarta” na casa de um amigo meu, jogar videogame (Barcelona 1 x 0 Real Madrid, Barcelona 0 x 3 Real Madrid), ouvir Sharon Jones e assistir Peñarol 0 x 0 Santos.

Por falar no jogo de ontem, Muricy Ramalho, técnico do Santos, viu o primeiro tempo tendo um infarto. O Santos não jogava nada, Elano parecia estar no Departamento Médico e Neymar fazia caras e bocas para as câmeras depois de simular uma fratura exposta e um queixo deslocado. Como bem disse Santiago Solari, o Peñarol jogou no físico. E foi assim, cozinhando o jogo a fogo médio, ganhando no meio de campo, chegando bem no ataque, se defendendo, até aumentar o fogo no final. Enquanto que o experiente Durval comandava a zaga do Santos.

Depois de tudo isso, chego no meu prédio, coloco o carro na vaga, chamo o elevador, que estva no “T” (minha garagem é no andar de baixo, G1), entro no elevador, aperto o botão 7 sem ter surtido efeito algum. Lembro do “elevador em manutenção eterna” da faculdade.". Aí penso em escrever tudo isso no livro de ocorrência que fica na portaria do prédio, mas começo a imaginar o presidente da reunião de condomínio lendo esse texto com meu pai entre os presentes e desisto da idéia. Seria melhor que o síndico lesse meu blog.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Sempre Coca-Cola


Aaaatchim! Toda vez que a poeira sobe a renite ataca... Mas vamos lá. Já tem um tempo que não atualizo isso aqui. Se tomar como base os assuntos que mais rolavam no blog na época que ele foi criado com este nome Nove do Quinto, desde o dia 18 de abril que o “F5” não funciona por aqui.

A atualização de hoje não foi lá muito programada. Vi esse vídeo da Coca-Cola, no qual ela celebra seus 125 anos e me inspirei. Coincidentemente, era assim que atualizava este blog láaa no início dele. Era na base da inspiração que somado com o tempo livre da noite dava alguns textos legais. Alguns mais inspirados, outros menos. Mas voltando ao vídeo da Coca, gostei do arranjo da música, os assobios (Aaatchim, desculpa mais uma vez, tive que abrir o velho e morfado dicionário Aurélio para constatar que assobio e assovio se tratam de variações, isto é, pode falar de um jeito ou de outro que está certo. Tive que tirar esta dúvida). Achei massa o vídeo, principalmente porque também gosto do refrigerante. Podem falar que não presta, que já desentupiram pia com ele, que MacGyver conseguiria construir uma bomba atômica com ele e mais um Mentex e todo mundo diria que a mentira estaria na maneira como o Profissão Perigo rumaria no inimigo, mas ninguém duvidaria do mesmo poder de destruição em massa que a Coca-cola igual ao da fusão dos átomos, enfim, eu adoro Coca-Cola e ponto.

Sim, gosto e não estou vendo com bons olhos esse crescimento desenfreado da AmBev, que parece que agora está sendo presidida por Cérebro (de Pinky e Cérebro). A AmBev está a todo vapor rumo a conquista do mundo, estão comprando todas as cervejas do mundo e impondo seus produtos goela abaixo. Em muitos bares e restaurantes de Salvador (a cidade que eu vivo) não estão rolando coca-cola. “Não tem coca, senhor, só vendemos Pepsi. Serve?” e eu sempre respondo, “Não, então me traga um guaraná Antárctica.”. Na falta de coca, prefiro guaraná. Ah, mas é o símbolo dos refrigerantes da AmBev. Sim, eu sei disso, mas só gosto da coca original e outro ponto.

Além de estar comprando todas as cervejas produzida em cada canto do planeta, os caras estão comprando agora os canais de distribuição das bebidas. Compraram a Burger King recentemente ou pelo menos foi a última aquisição feita por eles que ouvi. Não sei se a compra foi por estratégia, isto é compraram uma “Vaca Leiteira” (pincelada sobre marketing), isto é, o crescimento do mercado do produto é baixo, mas sua participação no mercado é alta e por isso ele não precisa de investimento para expandir, então a vantagem é manter como caça-níquel e com isso financiar o “Abacaxi” da empresa, que é um produto de baixa participação em mercado de baixo crescimento, enfim, geram pouco lucro. No entanto essa compra também pode cheirar a monopólio ou vocês cogitam a hipótese da AmBev vender coca-cola assim numa boa?

Fui na Burger King nesse fim de semana e enchi meu copo de coca, mas até quando conseguirei fazer isso? Vai que Cérebro resolva tirar a coca de circulação de suas lanchonetes e resolva botar (serve?) Pepsi no lugar? Aí terei que trocar também de sanduíche, ao invés de pedir um Whoper duplo, terei que pedir um Big Tasty. A menos que... a AmBev resolva comprar também a Coca-cola, aí Pinky atingiria o seu objetivo e terminaria de conquistar o mundo.

Bom, deu pra tirar a naftalina desse blog, não? Além de matar um pouco a saudade de um dos passatempos que mais me gosto, escrever qualquer coisa que me vem a cabeça sobre um tema sem importância alguma e fazer um texto legal, divertido.

Ah, e pra fechar, criei outro blog, esse um pouco mais sério, mas o estilo de escrita é o mesmo, Nove do Quinto Esporte (http://novedoquintoesporte.blogspot.com), mas que só trata de esporte, quem se interessar pelo assunto passa lá ou quem não tiver nada pra fazer e estiver com saco, pode passar lá e ler meus textos. Até a próxima!

quinta-feira, 21 de abril de 2011

O que é impossível?

A palavra impossível não faz parte do vocabulário do futebol.

No dia 29 de novembro de 2010, primeiro turno do campeonato espanhol, o Barcelona aplicou humilhantes 5 a 0 no Real Madrid. O Barça desfilou em campo e o Real não conseguiu fazer absolutamente nada naquele dia.

Hoje teve o segundo encontro entre Barcelona e Real Madrid, desta vez em jogo válido pela decisão da Copa do Rei. Porém, antes de falar de bola rolando e invertendo a ordem dos fatores, faço um adendo logo de cara. Li que a organização do jogo iria colocar o hino da Espanha a 120 decibéis para abafar as vaias da torcida catalã. Para quem não sabe, a região da Catalunha são os gaúchos em maiores proporções. O Rio Grande do Sul já tentou se independer, mas esse desejo foi perdendo força ao logo dos anos. Já na Espanha, se o governo der um cochilo, os catalães gritarão independência ou morte e era uma vez uma região que pertencia ao território espanhol... O Rei Juan Carlos também estaria nas tribunas do velho estádio Mestalla, casa do Valência, e poderia ser exposto a algo do tipo.

De volta ao jogo, o que vi foi um primeiro tempo dominado pelo Real Madrid. José Mourinho neutralizou a maneira de jogar do Barça ao adiantar a marcação e botar 3 volantes cercando Messi, toda vez que a bola se encontrava com o melhor do mundo. Sem deixar o rival a vontade, o Real mandou no jogo e chegou algumas vezes com bastante perigo na defesa catalã.

Não pude ver o segundo tempo, por causa do trabalho e do horário. Antes de sair para o curso de espanhol, dei uma olhada no placar que permanecia inalterado, 0 a 0.

Agora de noite, li que Cristiano Ronaldo acertou um chute de cabeça numa bola cruzada por Di Maria, definindo o clássico e dando o título ao Real Madrid. Ao ver o gol, abri um sorriso por ver que a jogada teve grande participação do lateral esquerdo da seleção brasileira, Marcelo (temos uma belíssima defesa para a seleção, Daniel Alves, David Luiz, Thiago Silva e Marcelo). É, o melhor treinador do mundo, conseguiu mais uma vez superar o melhor time do mundo. Uma missão que parecia impossível em novembro, Mourinho virou o jogo.

No dia 23 de março de 2010, o Fluminense conseguiu uma virada histórica (gol de Deco aos 42 do segundo tempo) que manteve os aparelhos ligados, mantendo o time vivo na Libertadores. Dessa vez, o Flu conseguiu uma classificação até então impossível, ao vencer o Argentinos Juniors, em pleno estádio Diego Armando Maradona, por 4 a 2.

Mais uma virada histórica do Flu, daquelas tão impressionantes como em 2009, que evitou um rebaixamento tido como inevitável. Dessa vez, a eliminação não era inevitável e sim a classificação é que era impossível. Mas que não foi impossível para os guerreiros do Flu. Tomara que consigam seguir até a final.

Definitivamente, o futebol não sabe o significado da palavra impossível.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

(Todo Mundo em) Pânico 4

Nunca tinha assistido nenhum Pânico, mas hoje fui obrigado a ir no cinema para ver o 4º da série. Não chegaram a colocar uma arma na minha cabeça me obrigando a entrar no cinema, mas me ligaram avisando que o meu ingresso de um filme já estava comprado, sem nem me consultar qual filme seria o escolhido, quanto mais me dizer o nome dele.

Assisti Pânico 4 observando como é um filme tão sem graça. Não tomei susto em momento algum, a máxima reação que pude esboçar durante o filme foi a faca do cérebro que o cara tomou e ainda saiu do carro sentindo dores na testa e andando alguns centímetros até dobrar o joelho e apagar. Minha reação foi com a pergunta, a pessoa consegue fazer isso tudo depois que toma uma facada no cérebro?

A franquia Todo Mundo em Pânico faz piadas com os diversos filmes que fazem mais sucesso durante o ano, mas o pano de fundo do filme é Pânico. A personagem principal de ambos é Sidney, a mescla com outros filmes vem do relacionamento que ela mantém com alguém no filme de comédia. Onde eu quero chegar? Bem aqui, Todo Mundo em Pânico desconstruiu Pânico.

Assisti Pânico 4 com a sensação de que em algum momento aconteceria algo hilariante ou o xerife da cidade batesse a cabeça em alguma pilastra ou Sid escorregaria e sairia catando ficha ou o assassino enfiasse a faca no peito de uma beldade e o silicone viria enfiado na faca. Ao invés de susto, esperei alguma cena engraçada. Essa sensação já começou nas três primeiras cenas do filme que não posso contar aqui, porque já perderia a graça. Mas o que posso dizer é que parece o início do último Todo Mundo em Pânico. Duas beldades dentro de casa assistindo televisão ou conversando na cozinha sobre trivialidades até que o telefone começa a tocar e uma voz estranha começa a fazer ameaças. A partir daí começa a matança e derramamento de litros e mais litros de sangue do corpo humano.

Desculpem mulheres, mas não se trata de uma visão machista. A única coisa boa no filme é a prima de Sidney que é uma coisinha muito linda. Ela é o único ponto positivo do filme. O resto é pura produção hollywoodiana caça-níquel para atrair milhões de jovens adolescentes no mundo inteiro. E também os fãs da série, que adoraram desde o primeiro filme. É um terror para assistir comendo pipoca e decorar os nomes dos filmes de terror clássicos para assistir depois.

sábado, 16 de abril de 2011

Dois tabus quebrados

Quando estava a caminho da casa de um amigo meu, ele me liga perguntando onde eu estou e digo que já estou chegando e ele completa, “só vou te dizer um dado estatístico do jogo, Barcelona 83 % de posse de bola”. Isso é normalíssimo para o time catalão, retruco.

Chego lá e vejo um primeiro tempo bom, mas um tempo aquém das expectativas de um Barcelona e Real Madrid. Um segundo tempo sonolento, troca de passes incessante do time de azul grená. Messi abre o placar de pênalti quebrando o tabu de nunca ter feito gol num time comandado por José Mourinho. Pênalti, este, cometido por Albiol ou Alpiol, como diz um amigo meu na super-quarta (quarta de lei em meus amigos se reúnem para jogar PES no Xbox de um deles). Até que o juiz consegue dar uma carga de 220volts, ao marcar um pênalti a favor do Real e Cristiano Ronaldo botar fogo no jogo ao marcar o gol de empate e quebrar outro tabu, o de nunca ter marcado contra o Barcelona. E o jog fica lá e cá. Antes o Barça, que trocava passes sonaolentemente (existe essa palavra?), passa a imprimir uma velocidade maior no jogo e o Real Madrid tenta chegar o mais rápido possível ao gol de Victor Valdés para virar o jogo.

Os 10 minutos finais podem ter dado uma amostra do que um jogo de verdade, que vale alguma coisa, entre os dois gigantes espanhóis podem dar nos próximos 3 confrontos, que valem o título da Copa do rei, o próximo encontro na quarta-feira dia 20 e na semana seguinte dia 27 pelo primeiro jogo da semifinal da Liga dos Campeões.

A expectativa de 3 jogos épicos é enorme, espero que seja correspondidas. O fato negativo ficou por conta de Puyol que saiu machucado, mas gostei de ver o cabeludo raçudo com a braçadeira de capitão de volta aos gramados.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Sonho meu

Que suerte

Coloquei meu passaporte e o formulário de imigração preenchido, no balcão da polícia federal espanhola.

Uma policial simpática me deu bom dia, verificou os documentos e iniciou o diálogo:

- Madri… férias?

- Não, trabalho.

- Ah, que pena… por quanto tempo?

- Vinte e dois dias. Mas não é só Madri…

- Que outros lugares pretende visitar?

- Valência, Madri novamente e Barcelona.

- O que vai fazer?

- Os clássicos entre Real Madrid e Barcelona.

Ela sorriu e disse:

- Que sorte.

Esse texto é de autoria de André Kfouri e está no blog dele (o link está aí do lado) postado no dia 14/04/2011. O texto continua falando sobre o clássico entre Real Madrid e Barcelona. Nos próximos dias, terá uma overdose do clássico, quatro jogos válidos pelo Campeonato Espanhol (2º turno), Copa do Rei (final) e Liga dos Campeões (2 jogos pela semifinal), respectivamente, nos dias 16/04, 20/04, 27/04 e 04/05.

O texto de André é um complemento do que me fez sonhar em ser jornalista e me motivou a entrar numa faculdade de jornalismo. Olha que sacrifício, cobrir um jogo com craques que há de melhor no mundo, em pleno Santiago Bernabéu ou no Camp Nou. Claro que isso é sonho. São poucos que chegam a esse nível ou estágio.

Como sou pé no chão, já me contento com a obrigação de ter que assistir a esses quatro jogos pra depois escrever sobre eles, em troca de um salário. Pra mim será a glória quando esse dia chegar. E deixarei meus braços roxos de tanto me beliscar quando estiver dentro do estádio com a incumbência de cobrir um ou quatro jogos desses.

Enquanto esses dias não chegam, vou brincar de cobrir essa seqüência daqui de casa mesmo e tecer meus comentários e observações aqui no Nove do Quinto, em troca de duas satisfações, assistir os jogos e escrever sobre eles.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

O que está no alto é como que está em baixo

No dia 15 de março, o deputado federal Anthony Garotinho anunciou a tentativa de instaurar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) contra Ricardo Teixeira como presidente do Comitê Organizador Local da Copa do Mundo de 2014.

O Comitê Organizador Local da Copa do Mundo tem apenas dois sócios no seu contrato social. Um é a pessoa física Ricardo Teixeira e o outra é a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), que é presidida por... Ricardo Teixeira! Seguindo com o contrato social, os lucros obtidos pelo comitê com o evento (Copa do Mundo) serão distribuídos de acordo com a conveniência de seus sócios, sem respeitar a proporção de participação que cabe a cada um no capital societário, isto é, Ricardo Teixeira pode fazer o que bem entender.

Foi por causa disso que Garotinho resolveu instaurar uma CPI para investigar essa manobra de Teixeira. Muitos deputados ficaram a favor da iniciativa.

Rapidamente, Teixeira começou a agir e no dia 29 de março foi pessoalmente a Brasília para negociar com alguns líderes de partidos a não apoiarem a CPI e ela não ser instalada.

Hoje, os deputados, que tiraram suas assinaturas de apoio a CPI, ganharam um kit com uma camisa oficial da seleção brasileira e um bilhete “Receba, ilustre deputado, os meus agradecimentos pela hospitalidade com que fui recebido, quando da minha estada em Brasília, no dia 29 de março”.

Se no alto escalão do país coisas desse tipo acontecem e ninguém faz nada, ninguém fala nada, como criticar flanelinhas que cobram 50, 80 reais por uma vaga na rua, que é pública, nos arredores do estádio do Morumbi, na hora do show do U2? Como criticar os donos de estacionamentos por cobrarem 140 reais por cada vaga? E o que dizer dos taxistas que cobravam 150 reais por uma corrida de 3km? Será que o país tem moral pra isso?

1ª Medida contra o rebaixamento

Quando o Bahia contratou Rogério Lourenço, olhei torto. Um tio meu, Bahia doente, veio me perguntar o que eu achava da contratação. Falei que não gostava, porque lembro quando ele foi efetivado no Flamengo. Não fez nada.

Depois o Bahia anunciou a contratação de Souza. Mais uma vez, meu tio me perguntou e mais uma vez eu lembrei o que Souza não fez no Flamengo e no Corinthians e terminei dizendo para ele não se empolgar com o novo camisa 9. E completava dizendo que com Rogério Lourenço no comando e dependendo dos gols de Souza, o Bahia é um fortíssimo candidato ao rebaixamento.

Ao contratar Renê Simões, o Bahia começou a reagir na luta contra o rebaixamento. Claro que o Tricolor de Aço deverá lutar para não cair. O time não é bom, mas Renê Simões pode dar um jeito no time, assim como deu no Atlético-GO ano passado, quando o time goiano conseguiu se manter na primeira divisão do futebol brasileiro no apagar das luzes e empurrando o maior rival do Bahia, o Vitória, para o inferno da Série B.

Com um bom técnico apagador de incêndio, o Bahia só falta contratar um camisa 9 de verdade, porque Souza na primeira divisão é difícil de fazer gol.

Asas a imaginação

Entre a cobertura da briga de um título e outro, a imprensa européia dá asas a imaginação especulando possíveis transferências de jogadores. É uma coisa de colocar um jogador pra cá, outro pra lá, trocando este por aquele.

Algumas notícias tem até pé como por exemplo, essa do Corriere dello Sport que diz que a Inter de Milão prepara uma oferta de 30 milhões de euros (R$ 68,50 milhões) por Tévez do Manchester City. Além de Tévez, a imprensa italiana especula que a Inter também poderá desembolsar 35 milhões de euros (79 milhões de reais) pelo meia francês Nasri do Arsenal. O site britânico Caughtoffside disse que o Arsenal está interessado em Felipe Melo, mas que a Juventus não libera o brasileiro por menos de 15 milhões de libras (algo em torno de R$ 38,7 milhões). Os dirigentes do clube inglês estariam pensando em oferecer uma parte em dinheiro e a outra parte seria um jogador, que poderia ser o brasileiro Denílson, o francês Abou Diaby ou o dinamarquês Nicklas Bendtner. A imprensa turca afirma que uma delegação do time espanhol Atlético de Madrid teria desembarcado lá para tratar com o Besiktas sobre uma possível transferência do atacante uruguaio Diego Forlán que veste a camisa 7 do time espanhol e foi eleito o melhor jogador da Copa do Mundo de 2010. Notícia que foi negada pelos dirigentes turcos que disseram que o encontro dos presidentes dos dois clubes foi apenas de amizade, e por isso uma possível transferência de Forlán para a Turquia não pode ser descartada.

Outras notícias poderiam até ser verdade como Seedorf no Corinthians, porém o meia holandês ainda é muito importante para o Milan, o que faz a diretoria italiana pensar em renovação de contrato. Além do interesse do clube italiano em continuar com o jogador, o jornal britânico Daily Mail diz que o “compra-compra da estrela” Manchester City também demonstra interesse no futebol de Seedorf, o que já torna um sonho bem mais distante para o time brasileiro.

Tem notícias que circulam, plantadas por alguém ou pela própria imprensa, ávida por uma manchete que possa alavancar as vendas, que não tem nem cabeça, muito menos pé, como outra do mesmo Corriere dello Sport que diz que caso o Real Madrid não conquiste a Liga dos Campeões da Europa, as portas se abririam para a saída de Cristiano Ronaldo. Ora, alguém acha que José Mourinho vai abrir as portas para a saída do segundo melhor jogador do mundo? O treinador português pode ser arrogante, chato, mas louco ele não é. Cristiano é o melhor jogador do Real Madrid e não apenas isso, é fundamental para o time e sem ele o Real perde muito a sua força. Quer um exemplo disso? Na derrota para o Sporting Gijón, dentro do Santiago Bernabéu, que praticamente encerrou a disputa pelo título espanhol, Ronaldo não esteve em campo. Segundo o diário italiano, o Milan ofereceria Ibrahimovic ao Real Madrid para ter o português no seu ataque. Especula-se que Mourinho não fique no comando do clube espanhol na próxima temporada, mas mesmo que não fique acho muito difícil o Real liberar Ronaldo assim. Já Kaká ir para o Manchester City, como especula a imprensa inglesa, pode ser menos fantasia do que a saída de Ronaldo. O brasileiro vive lesionado no clube espanhol, custou muito caro aos cofres madridistas e a oferta de um bom saco de euros pode fazer o time balançar. O que conta a favor de Kaká para permanecer no time espanhol é que Mourinho sabe da capacidade do meia e isso pode pesar na decisão, já que o português costuma ter muita voz nos clubes que comanda.

Daqui até o início da próxima temporada aparecerão muitas especulações, muitos jogadores serão colocados nos clubes pela imprensa, seja por obra de algum empresário interessado numa transferência ou num contrato maior, seja por pura falta do que falar durante o recesso do futebol europeu.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Massacre em Realengo

“Pensando que era bombinha, porque teve uma época que soltaram bombinha na escola, pensando que era brincadeira. Quando a gente chegou na porta pra ver o que é que era, nisso a turma do lado começou a sair um montão de gente baleada, sangrando muito. Aí todo mundo parou em estado de choque. O garoto tava se arrastando, morreu no meu pé assim...”, contou uma aluna depois que os primeiros tiros foram disparados.

“Ele procurava as pessoas assim, mirava assim na cabeça e atirava.”, disse outro aluno.

"Aí ele chegou falando assim ‘Vou matar vocês’ e eu escutava muitos tiros, muitos tiros e um monte de crianças gritando. Quando eu ia subir pro segundo aí eu fui lá e falei assim ‘Meu Deus, o que é que será que acontecer comigo?’, eu falei pra minha amiga. Aí a gente subiu e nisso ele ia atirando no pé das crianças pra não subirem. Ia mandando as crianças virarem pra parede que ia atirar nela e as crianças falavam ‘Não atira em mim, não atira em mim, por favor, por favor moço’ Aí ele ia lá e atirava na cabeça das crianças. Tinha muitas crianças mortas e também é... uma cachoeira muito sangue e... crianças agonizando na escada. Aí a gente subiu e tinha uma menina caída na escada e eu peguei, dei a mão pra ela e ela foi subindo, mas ela não estava ferida. Aí eu subi com ela, aí nisso tava eu e meus colegas, aí a gente subiu, entramos na sala e ele tava carregando a arma. Nisso que ele tava carregando a arma, eu corri mais rápido, entrei na sala. Aí o professor trancou a porta, botou cadeira, mesa, é... estante, o armário, caderno, tudo e aí mandou todo mundo abaixar, ele abaixou também e vários alunos também estavam desmaiados na sala de aula, acontecendo um monte de coisa, gritavam e o professor falava ‘Não, não gritem, não gritem, silêncio, silêncio’ aí eu agachei e fiquei desenhando uma casa na minha mão com a única coisa que eu consegui pegar.”, relatou a aluna Jade Ramos.

“Foi na hora que nós escutamos tiros, minha esposa escutou e começou a me chamar, me gritar. Várias crianças correndo, saindo ensangüentada lá de dentro vieram em direção a gente, pedir socorro, entendeu? Tinha um ferido no ombro, ficou aqui aguardando o socorro, a polícia chegou e levou ele...”, disse uma testemunha.

“É, eu tava lá próximo, né? Eu trouxe a picape, abrimo a lateral, botamo as seis crianças em cima. Tinha criança respirando ainda. Tava respirando ainda, a criança respirando em cima da picape, mas bem baleada.”, disse um aposentado que prestou socorro a seis vítimas.

“Comecei a escutar o barulho. Cheguei no portão e falei, ué gente o que é que ta acontecendo? Pra mim era bomba, né? Era fogos. Aí eu... Lá vem os alunos correndo, saíram direto aqui pra minha casa. Começaram a pular portão, começaram a pedir ajuda ‘Tia me socorre, me socorre’ Aí eu falei assim ‘O que é que houve gente?’ ‘Tia, tem um homem dando tiro dentro da escola’. E veio um menino baleado, né? Tomou um tiro aqui no ombro. Eles foram parar no meu quarto, debaixo da minha cama. Pedindo socorro e liga pra minha mãe, liga pra minha vó... Eu já não sabia pra quem eu ligava.”, contou uma vizinha da escola.

“Você vê crianças todo dia passando na frente do seu portão, entendeu? Crianças que passam... Eu tenho uma árvore... Mexem na minha árvore, eu brigo com um, brigo com outro e já conheço eles de vista. Então eu ver essas crianças hoje sair daqui, da forma que saíram... Pra mim é doloroso.”, diz um outro vizinho do colégio.

“Todo mundo tava em casa. Foi um ligando pro outro. Mãe ligando pra mãe, vizinho chamando vizinho. Aí todo mundo desceu.”, contou uma testemunha quando chegou na porta do colégio.

“Minha filha, não falam nada. Minha filha não ta, eu fui lá.”, diz uma mãe.

“Ninguém sabe me dizer onde é que ele ta. Ninguém sabe dizer o que aconteceu com ele.”, diz uma mãe sem ter nenhuma informação do filho.

“Eu não sei de nada, ninguém informa nada, ninguém fala nada e ficam assim pedindo calma. Como que alguém vai ter calma numa situação dessas? É impossível!”, se desespera uma outra mãe.

“Eu só vi as pessoas mortas lá. Uma menina falecida e o bandido morto cobrido.”, diz a última aluna a sair da escola.

“Eu fico pensando o que que a pessoa tem na cabeça... De fazer isso... De matar... Crianças.”, diz uma mulher em estado de choque diante da cena de terror.

“(Queria agradecer)Aos policiais por salvarem a minha vida. Gostaria (de ter encontrado eles e dizer) Muito obrigado por salvar minha vida, vocês são meu heróis. (Você vai voltar?) Eu vou... Eu pretendo me formar e fazer faculdade de biologia. E ser da Marinha”, disse a estudante Jade Ramos ao voltar a porta da escola.


Nota do Blog: Quando eu vi na televisão uma mãe contando a notícia, pelo telefone, para o marido de que o(a) filho(a) deles tinha sido assassinado(a), fiquei sem palavras para escrever alguma coisa sobre essa tragédia, me deixando apenas como única opção a idéia de transcrever os depoimentos que das pessoas que viveram essa tragédia, deram para a televisão, pois foi o único meio que encontrei para que você sentisse sua própria emoção.

terça-feira, 5 de abril de 2011

O céu é logo ali. E o inferno também.

O interessante do futebol é que ele é uma gangorra. Um dia um técnico ou um jogador pode estar no céu e em questão de dias parar no inferno. O inverso também pode acontecer. Quer dois exemplos? Leonardo e José Mourinho.

Leonardo chegou numa Inter de Milão bagunçada, desacreditada e bem longe da disputa do Scudetto (mais conhecido como título do Campeonato Italiano). Arrumou a casa e o time começou a colecionar ótimos resultados até chegar no clássico contra o Milan, nesse último sábado, apenas a dois pontos do rival, que ocupava a liderança. Uma vitória no clássico e a Inter assumiria a liderança isolada do campeonato. A euforia era tanta que recorreram a história, lembrando de Giovanni Invernizzi, que assumiu a mesma Inter na 6ª rodada do campeonato na temporada 70/71 e levou a equipe ao título italiano. Leonardo foi mandado pro inferno por uma atuação magistral de Alexandre Pato, que anotou 2 gols e ainda sofreu pênalti convertido por Cassano, dando a vitória por 3 a 0 ao Milan. Hoje, em pleno Giuseppe Meazza, a Inter de Milão caiu novamente e de goleada, mas dessa vez para o Schalke 04 em jogo válido pelas quartas-de-finais da Liga dos Campeões. Os 5 a 2 fora de casa aplicados pelo time alemão garante um pé na semifinal.

Claro que as coisas podem ser revertidas na semana que vem, mas dificilmente o time alemão deixará escapar essa classificação. Além disso, Leonardo terá que juntar os cacos do derby e dessa goleada indigesta dentro de casa.

Já José Mourinho vinha tentando uma recuperação heróica na tabela do Campeonato Espanhol. O Barcelona, jogando um futebol de outro mundo, conseguiu abrir uma vantagem de 5 pontos em relação ao Real Madrid. Há duas rodadas do clássico, o Real tinha tudo para encostar no Barça e tentar virar o jogo no confronto direto. No sábado, o Real enfrentou o Sporting Gijón, que patina no meio da tabela, em pleno estádio Santiago Bernabéu. Mas a zebra resolveu dar as caras, Real Madrid 0 x 1 Sporting. Logo mais, o Real viu o Barcelona bater o Villarreal, que disputa com o Valência a 3ª posição, fora de casa por 1 a 0 e ampliar a vantagem para 8 pontos.

Assim que o juiz apitou o fim de jogo no Santiago Bernabéu, um poucos antes do Barcelona entrar em campo contra o Villarreal, vi uma cena que me chamou muito atenção. Não sei se ele sempre faz isso nas derrotas, mas vi José Mourinho cumprimentando jogador por jogador após a derrota para o Sporting, que fatalmente seria a perda do título, como de fato foi. Vi Casillas com um olhar desolado andando em direção ao vestiário e sendo cumprimentado pelo chefe.

O Real chegava ao inferno. Barcelona campeão espanhol da temporada 2010/2011. A perda do título poderia minar as forças psicológicas do time no primeiro confronto contra o Tottenham pela Champions League, que já era 2 dias depois. Estrategista como é, na coletiva Mourinho disse que o Real poderia tomar de 10 do Sporting, já que o jogo importante seria o da Champions. Hoje, o Real Madrid enfiou 4 a 0 no Tottenham, praticamente selando a classificação para a semifinal do principal torneio da Europa.

Só não dá pra dizer que é impossível que Schalke e Real Madrid não consigam a classificação para as semis, pois futebol você sabe, né? Pra você ir do céu ao inferno é daqui pra ali... Leonardo que o diga.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

A Batalha da Transmissão do Brasileiro: Clube dos 13 x CBF, Fábio Koff x Ricardo Teixeira e Globo x Record

Hoje eu ia mesmo sentar para escrever. Tinha 2 assuntos na cabeça pra escolher ou o texto que saísse melhor. Um seria sobre os aumentos da gasolina tanto no preço, quanto na quantidade de álcool (ou o aumento foi por causa do aumento da quantidade de álcool na gasolina?), o outro tema seria dos apartamentos espaçosos de hoje em dia, 3 quartos de 88 m² uma atmosfera perfeita para viver bem, dizia a propaganda.

Durante o dia ouvi e li duas coisas que me fizeram arregaçar as mangas e brincar de ser jornalista. Duas coisas que falavam a mesma coisa. Primeiro foi na faculdade quando tocaram no assunto do imbrólio dos direitos de transmissão do brasileirão de 2012. Disseram que a guerra era entre a Rede Globo e a Rede Record para ter os direitos. De noite, quando chego em casa depois do trabalho, de Administrador, alguém manda o endereço de um blog por e-mail. Entro no blog dou uma olhada no post mais recente e vou olhando os posts passados até chegar num texto que fala da guerra entre a Vênus Platinada e a emissora dos Bispos pelos direitos de transmissão do brasileirão. Aí foi o golpe de misericórdia para eu levantar da cadeira e ir na cozinha buscar um café. Sim a noite vai ser longa.

Já tinha pensado em abordar esse assunto no blog, mas vi o trabalhão que ele ia dar, já que os jornalistas da ESPN Brasil não contaram o lindo conto de fadas da guerra entre a Globo e a Record, repito, pelos direitos de transmissão do Brasileirão 2012. Os caras simplesmente pegaram um bisturi e foram direto no intestino grosso dessa “guerra” mostrar a melhor parte do jornalismo, os bastidores da verdade.

Estou lendo para fichar um livro de Paulo Vinícius Coelho intitulado Jornalismo Esportivo, em que ele apresenta a profissão para os aspirantes ao trabalho. Primeiro ele começa falando do preconceito dessa área e de como as pessoas (não)dão importância ao trabalho do jornalista esportivo. De fato, sabemos que no Brasil existem mais de 190 milhões de técnicos que dividem os cargos de comandantes da Seleção Brasileira e dos seus times do coração. “Ah, esse técnico é burro! Como é que ele escala João e deixa Zé no banco? Ele deveria também botar Aguinaldo no lugar de Durval pra fechar mais o meio campo. Como é que Tiagão é reserva?!? Ele é burro demais!”.

Dei essa volta toda para dizer aos senhores, que escolhi a profissão que quero ser e aos 28 anos criei coragem para recomeçar tudo novamente e fazer faculdade de Jornalismo (para quem não sabe sou formado em Administração de Empresas e pós-graduado em Gestão de Recursos Humanos).

A explosão do Big Bang

Essa guerra da Globo com a Record começou no dia 12 de abril de 2010, quando Fábio Koff foi reeleito presidente do Clube dos 13, vencendo o candidato de Ricardo Teixeira, Kleber Leite. Precisa dizer que Ricardo Teixeira é presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), meninas?

Koff recebeu votos de Flamengo, São Paulo, Palmeiras, Fluminense, Atlético-MG, Inter, Grêmio, Portuguesa-SP, Bahia, Atlético-PR, Sport e Guarani. Todos eles entraram, automaticamente, na lista negra do mandachuva da CBF. Enquanto que Corinthians, Vasco, Santos, Botafogo, Cruzeiro, Coritiba, Goiás e Vitória ficaram com medo de amanhecerem com a boca cheia de formiga, em plena época da ditadura (há 22 anos no poder, não é ditadura?), e votaram em Kleber Leite.

No dia seguinte 13 de abril, Ricardo Teixeira anunciou que o estádio do Morumbi, de propriedade do São Paulo Futebol Clube, meninas, não tinha a menor condição de receber um jogo sequer de Copa do Mundo. Ora, o maior estádio da capital paulista, palco de finais de Copa do Brasil, Campeonato Brasileiro e Libertadores, não tem condição de abrigar um jogo de Copa. E agora, a cidade de São Paulo ficará de fora da Copa? Claro que não, será construído o estádio do Corinthians, o Itaquerão, já que o presidente do clube, Andrés Sanches tem sido muito leal.

O próximo da lista negra de Teixeira foi o Flamengo. No dia 14 de abril, a CBF reconheceu o Sport como campeão brasileiro de 87 e entregou a taça de bolinhas, tão pleiteada e sonhada pelo Flamengo, ao São Paulo como primeiro pentacampeão brasileiro. O Flamengo se revoltou e o São Paulo recebeu.

O nascimento das estrelas

No dia 13 de fevereiro, o Clube dos 13 resolveu pensar grande e cortou a pizza dos direitos de transmissão do campeonato brasileiro dos próximos três anos em quatro pedaços e vendê-los separadamente, isto é, a TV aberta vai pagar um valor, a fechada outro, o pay-per-view outro e as empresas de telefonia e internet também. O total projetado para tudo isso será de 267 milhões de euros, que está longe de ser dos mais caros do mundo, mas já é um bom início, já que o país vem crescendo bastante economicamente.

A disputa pelos direitos seria por envelopes fechados. Cada emissora aberta faria sua proposta, colocaria no envelope, lacraria e mandava pro Clube dos 13. Quando os envelopes forem abertos, a maior proposta levará os direitos. A mesma coisa acontecerá com as TVs fechadas, pay-per-view, telefonias e internet.

Um pouco mais pra frente, no dia 26 de fevereiro, o presidente reeleito do Clube dos 13, Fábio Koff deu uma entrevista para o jornalista Juca Kfouri. Dentre muitas coisas que ele falou para Juca, explicou também os motivos da briga dele com Ricardo Teixeira e com, o principal executivo da Globo Esportes, Marcelo Campos Pinto. A primeira briga foi com Marcelo, quando ofereceram o controle da segunda divisão do brasileiro para Koff, que se revoltou por considerar a proposta iníqua e denunciou, irritando o executivo da Globo. Depois foi a vez de Ricardo Teixeira, que a briga começou quando a CBF vetou um contrato de patrocínio que o Palmeiras pretendia estampar uma marca no uniforme de Felipão. A CBF se baseou num artigo no regulamento das competições que Koff apontou Marcelo como o autor, pelo estilo de escrita. Fábio Koff notificou a judicialmente a CBF, deixando Ricardo Teixeira mais irritado do que mulher de TPM. A notificação fez Teixeira cortar totais relações com o Clube dos 13 e para os clubes chegarem até ele, teria que ser por intermédio das federações estaduais.

Agora, voltemos a proposta. O Clube dos 13 assumiu todas as gerações de imagens, não só dos jogos, como também das entrevistas pós-jogo o que garantirá expor os patrocinadores dos seus filiados e também acabar com quaisquer direitos comerciais da CBF, isto é, a intenção de Koff é chutar Teixeira para escanteio.

A Globo também perderá a exclusividade, já que terá que disputar a concorrência democraticamente contra outras emissoras. Apesar de que alguns dias depois, ficou decidido que a Globo teria um ágio de 10% na proposta da TV aberta, pelo anos de parceria. Dito isso estaria aberto o leilão pelos direitos de transmissão.

E nascem os planetas

As duas maiores torcidas do país, como é de conhecimento de todos, inclusive das meninas, são Flamengo e Corinthians, nessa ordem. O time da segunda maior torcida já estava fechada com Ricardo Teixeira, mas o da maior torcida não. O Flamengo votou em Fábio Koff na eleição do Clube dos 13 em abril do ano passado. Aí o gato Félix pegou um papel e uma caneta na sua bolsa mágica e re-decretou o Flamengo como campeão legítimo do brasileiro de 87 e mandou o São Paulo pegar a taça de bolinhas, que já havia guardado na sua sala de troféus, e entregar ao Flamengo.

Se os dirigentes brasileiros fossem profissionais de verdade, entregariam a taça e dariam as mãos nessa negociação para ganharem mais dinheiro com os direitos do campeonato, fazendo valer a boa proposta do Clube dos 13. Mas como estamos no Brasil, Teixeira acertou em cheio. O presidente do São Paulo, Juvenal Juvêncio subiu no pedestal da ignorância e fez mais uma trapalhada na sua ótima gestão, se recusando a entregar a taça. Patrícia Amorim, presidente do Flamengo, como muitos já perceberam, não gosta de contrariar a massa, afinal de contas a maior torcida do Rio de Janeiro, pode se tornar também o maior “colégio eleitoral” do estado, arregaçou as mangas e foi a luta. E assim o Clube dos 13 começou a ruir.

Nesse meio tempo, a licitação foi aberta e o lance mínimo para a TV aberta foi de 500 milhões de reais.anunciou-se que a RedeTV!

Surgimento de vida na Terra

Ronaldinho Gaúcho foi contratado pelo Flamengo no início do ano e como todos sabem o craque ex-Barcelona e Milan, ganha um caminhão de dinheiro. É impossível um clube brasileiro bancar o salário de um jogador de nível internacional, como Ronaldinho. A solução para que um time brasileiro tenha um craque desse quilate é arranjar patrocinadores que banquem esses gordos salários. A Traffic foi a empresa que bancou a ida de Ronaldinho para o Flamengo e todo mundo sabe que por mais que imite, a Record tem metade da visibilidade que a Globo tem. Como a Traffic não é besta nem nada e quer ter o retorno do investimento dela, nada mais óbvio do que torcer para que a Globo vença o leilão e fique com os direitos de transmissão. E é mais óbvio ainda que a Traffic convença a presidenta Patrícia Amorim a rachar o Clube dos 13, sob o pretexto de que nem a pau Juvenal entregará a taça de bolinhas, e negociar diretamente e individualmente com a Globo.

Andrés Saches, do Corinthians, também anunciou que estava de saída do Clube dos 13. Além de Flamengo e Corinthians, os times que votaram em Kleber Leite também se debandaram do Clube dos 13.

A partir daí o que se viu e se vê, foram alguns clubes que antes votaram a favor de Koff, se debandar para o outro lado, enquanto que outros poucos revolucionários ficaram onde estão e prometeram lutar até o fim ao lado do presidente do Clube dos 13.

Separação dos continentes

Quando a licitação foi aberta, no dia 23 de fevereiro, foi anunciado o preço mínimo para os lances, 500 milhões. Rapidamente a Globo pulou fora e foi negociar individualmente com os clubes que não votaram em Koff. A Record foi depois, ficando apenas a RedeTV!.

Já em março, as negociações com a Globo rolaram soltas. Como quem tem boca fala o que quer, os novos números negociados pelos clubes individualmente com a Globo, mostrou o abismo entre os contratos. Por exemplo, o Botafogo alegava que sairia do clube dos 13, porque não aceitava receber 60% a menos que o rival Flamengo dos direitos de transmissão. A Globo oferece 45 milhões de reais ao Botafogo, que antes recebia 22 milhões. Evolução não? Seria sim, se o que especulam é que a Globo ofereceu a bagatela de 110 milhões de reais ao Flamengo. Isto é, sozinho o Botafogo não conseguiu nem a metade da receita do Flamengo com a TV.

Desfecho

Como se pode ver a briga não é entre Globo e Record. Na verdade a briga é entre Ricardo Teixeira e Fábio Koff. Apesar de anos e anos de mandos, desmandos, e muitos erros, Koff quer se redimir e a revolução que está tentando fazer é benéfica ao futebol brasileiro, coisa que a CBF não pensa em fazer, apenas objetiva controlar ainda mais o futebol e encher os cofres da entidade, mesmo assistindo de camarote os clubes se endividarem e entregarem suas almas a quem quer que seja para ter um craque no seu time.

Ricardo Teixeira manipulou direitinho os clubes para que houvesse o racha. Só para dar dois exemplos, o Super Bowl, o futebol americano, reparte igualmente os direitos de TV com os times e impõe uma série de regras para que todos tenham chances iguais para disputarem o título, além de terem caixas saudáveis.

O outro exemplo é negativo e vem da Espanha. Lá os direitos de TV são negociados meio que individualmente e o que culmina no pleno domínio de Barcelona e Real Madrid nos campos, já que eles detém disparados os melhores contratos de TV. Inclusive, está havendo um motim dos clubes menores para que o bolo passe a ser repartido igualmente.

Se a mesa não for virada, o futebol brasileiro corre o risco de se tornar um campeonato Espanhol, em que apenas dois times são apontados como únicos candidatos ao título e façam uma disputa particular, deixando as surpresas para o terceiro colocado. Será que isso faz bem ao futebol?

domingo, 27 de março de 2011

Cemsacional

Antes de ajeitar a bola para cobrar a falta, Rogério Ceni deu um beijo na redonda. Poderia incluir a história de Rogério no texto abaixo, mas preferi escrever um só para homenagear o maior ídolo da história do São Paulo Futebol Clube. De falta, o capitão do São Paulo marcou o seu 100º gol na carreira.

Um goleiro marcar 100 gols é algo equivalente a um atacante marcar 1.000 gols. Rogério Cemni, o goleiro artilheiro, já ganhou tudo que podia no São Paulo, virou ídolo e agora entra escreve um capítulo só dele na história do futebol como o primeiro goleiro a marcar 100 gols.

Os feitos de Rogério não se limitam aos gols. Ele é goleiro e foi importantíssimo na conquista dos últimos títulos da Libertadores e do Mundial do São Paulo. Rogério Ceni fechou o gol na final da Libertadores pegando até pênalti, que seria o empate do Atlético-PR, na final da Libertadores que terminou 4 a 0 para o tricolor. Ele também foi buscar uma bola lá onde a coruja dorme, na cobrança de falta de Steve Gerrard na final do Mundial de Clubes contra o Liverpool, que terminou 1 a 0 São Paulo, gol de Mineiro.

Maior ídolo da história do clube, Rogério Ceni é o único goleiro, além de artilheiro, que é o camisa 10 do time, a camisa dele é 01 só dar esse efeito ou causa uma certa impressão.

E o 100º gol de Rogério ainda teve um sabor especial. Nada melhor do que atingir uma marca histórica, justamente, em cima do maior rival, que é o Corinthians. E pra ficar mais saboroso ainda, a vitória do tricolor em cima do rival quebrou um tabu de 4 anos sem vencer o Corinthians (7 vitórias alvinegras e 4 empates). E ele não foi só decisivo por causa do gol. Rogério salvou o São Paulo com duas defesas, uma quando o jogo ainda estava 0 a 0, em finalização de Liédson e outra, evitando o gol de Jorge Henrique, que seria o empate de 1 a 1.

Parabéns Rogério Ceni pelo centésimo gol! E muito obrigado por você existir!

Passeio na Austrália

Uma das raras cenas boas de Vips, fraco filme de Wagner Moura que está estreando nos cinemas nessa semana, me fez lembrar de Sebastian Vettel. O personagem de Wagner Moura é apaixonado por aviões e pilotá-los é sua grande paixão. Em duas cenas, na primeira, enquanto lava a aeronave, ele conversa com o avião como se um entendesse e ouvisse o outro. Em outra cena, ele pede “por favor me ajude e decole!”.

Você conhece Kate? Já ouviu falar da irmã safada de Kate? E de Liz Voluptuosa? Não? Mas Sebastian Vettel sabe quem são e ele é apaixonado por elas. Kate, a irmã safada de Kate e Liz Voluptuosa são alguns dos nomes que o mais jovem campeão do mundo de Fórmula 1 dá aos seus carros. Típico de quem é apaixonado por carros, daqueles que conversam com o carro como se um entendesse e ouvisse o outro. Pilotar carros é a grande paixão de Vettel.

Assim que vi as duas cenas do filme, pensei que seria ótimo se Vettel ganhasse o GP da Austrália. Algo que não seria tão difícil, muito pelo contrário. O alemãozinho campeão do mundo passeou na pista de Melbourne e venceu com um pé nas costas sem ser importunado por ninguém.


Não consegui ver a corrida, o cansaço e o sono foram mais fortes e não esbocei reação quando a pálpebra caiu. Claro que uma das primeiras coisas que fiz quando acordei foi ligar a televisão para ver o jogo do Brasil e entrar na internet para ler o que aconteceu na Austrália. A primeira corrida do ano teve um inédito pódio do russo Vitaly Petrov, que terminou a prova em terceiro, atrás de Hamilton e, do vencedor, Vettel. O russo carregava um grande peso nas costas por ser a esperança da Renault em conseguir boas colocações, já que o polonês Robert Kubica sofreu um grave acidente no início do ano, ainda sem previsão de retorno para Fórmula 1. Pelo visto, Petrov conseguiu tirar isso de letra na primeira corrida do ano. Veremos como será o desempenho dele ao longo do campeonato.

Li também que, tirando o primeiro pódio de Petrov, outro que teve grande destaque foi o estreante mexicano Sérgio Pérez que fez uma corridaça com a Sauber, recebendo a bandeirada na sétima posição. Fernando Alonso ficou na frente de Felipe Massa, mas não conseguiu fazer nada com seu limitado carro. Rubens Barrichello teve um bom início, mas depois errou, bateu e abandonou a prova com problemas no câmbio. E Mark Webber, companheiro de Vettel na Red Bull, teve uma atuação apagadíssima, sem brios para lutar por posições.

Depois que a corrida terminou, os comissários da prova detectaram algumas irregularidades na asa traseira dos carros da Sauber e desclassificaram Pérez e Kamui Kobayashi, isto é, Massa herdou a sétima posição do estreante mexicano e do piloto japonês.

A Red Bull continua tendo o melhor carro do circo da F-1 e Vettel com o talento, ímpeto e paixão parece que será ainda mais imbatível nessa temporada rumo ao bicampeonato. Mais experiente, seguro, sem a pressão de querer ganhar um título, os erros tenderão a aparecer cada vez menos. Pelo que tudo indica, a disputa pelo vice-campeonato deverá ser quente. Mas é apenas a primeira prova da temporada, ainda tem muita gasolina pra queimar até o título ser resolvido.

sábado, 26 de março de 2011

Feliz ano velho

A quarta-feira de cinzas é cinza mesmo. A volta é sempre cinzenta. É o ouvido zunindo no silêncio. Você volta pra casa com sono, cansado, ou quando está de carona, dormindo, mas tem consciência de que amanhã é o primeiro dia do ano. E em Salvador isso vai ser referência, mas sem significar que antes do carnaval tudo é festa, tudo é uma maravilha. Tudo é divino maravilhoso pra turista.

Depois do carnaval, todas as conversas começam no réveillon, que é o marco zero do verão pra quem mora em Salvador. Daí, elas dão voltas e mais voltas e quando começa a chover vem o assunto trabalho. Nesse momento, você percebe que o baiano trabalha desde o primeiro dia útil do ano. Mas sem fugir do tema "conversa", é partir daí que conta-se tudo o que se passou no verão trabalhando até chegar no carnaval, que traz mais um monte de histórias na terra (emprestada) do Rei Momo. O início da conversa termina no "é (Ah,)ano novo" ou então quando a chuva fica fraca, mas o vento começa a soprar, aí o assunto “É outono em Salvador” domina a conversa. Por causa disso é que o ano do baiano começa depois do carnaval, as conversas são iniciadas com as experiências veranistas e profissionais que antecedem a Grande Festa (Guerra Mundial não é escrito assim nos livros de História? A maior malandragem do mundo é viver!).

Pois é, assim como reza a lenda de que na Bahia é festa o ano inteiro, pelo menos nesse mito de que quinta-feira pós-carnaval é 1º de janeiro no calendário baiano, vocês podem acreditar em partes ou até acreditar, desde que tenha sempre em mente que o baiano passa janeiro e fevereiro trabalhando e as "férias de janeiro" duram apenas de quinta-feira a quarta-feira de cinzas. Pra ficar mais fácil de gravar isso, é só não se esqueçer que domingo é dia 31.

E no primeiro treino oficial do ano, o menino Sebastian Vettel resolveu largar os bonecos e os carrinhos e, pisar fundo dentro daqueles carrões que você não ouve o barulho do motor e quando olha no velocímetro já passou dos 200Km/h, meter quase 1 segundo em todo mundo, sem dar vez pra alguém arrancar sua pole. O primeiro grid de largada do ano só é novo, porque Lewis Hamilton resolveu se meter no meio das Red Bulls, ficando com a 2ª posição, deixando Mark Webber, dono da casa, na 3ª colocação. O espanhol Fernando Alonso ficou a 200 milésimos atrás de Jenson Button, isto é, o espanhol tem muito leite pra tirar da pedra vermelha ao longo da temporada. Alonso larga em 5º. Feliz ano novo Fórmula 1!

sexta-feira, 25 de março de 2011

Roncaram os motores

No primeiro treino, quase a vera do ano, lá no Brasil que deu certo... As Red Bulls travaram um duelo caseiro, até que Mark Webber arancou o empate de 2 a 2 na briga particular contra Sebastian Vettel, no apagar das luzes, fechando o primeiro treino do dia em 1º. Mas o pior vem agora, Fernando Alonso ficou em terceiro com mais de meio segundo atrás das Red Bulls, uma lesma.


Daqui a pouco tudo começa de novo.

quinta-feira, 24 de março de 2011

Vivo

Ok, eu sou são-paulino. O meu time está jogando contra o Paulista, pelo Paulistinha e eu deveria estar vendo. Mas logo em seguida ao gol de Dagoberto, que diminuiu o placar, 3 a 2 Paulista, abri a internet e vi: América do México faz o segundo e volta a ficar na frente do Fluminense. Tive que trocar de canal, pois não podia perder esse momento.

Não, eu não estava torcendo contra o Fluminense. Também não troquei o canal para ver o atual campeão brasileiro agonizando na Libertadores. Não sou desse tipo de gente que gosta de ver miséria alheia, a menos que seja o Corinthians dando seus últimos suspiros.

Quando comecei a ver o jogo, o placar marcava 2 a 1 América do México, mas o mais incrível foi ver a apatia dos jogadores. Faltavam um pouco mais de 15 minutos para o jogo terminar e os jogadores do Flu andavam desolados dentro do campo... Até que Deco cruzou e Araújo, de cabeça, empatou o jogo aos 34 minutos. O time carioca voltou a pegar fogo e acreditar que milagres podem acontecer mais de uma vez, assim como aconteceu em 2009 ao se salvar do rebaixamento na última rodada.

Deco é craque. Esteve muito tempo fora do time por problemas de contusão, mas ele fez parte daquele time do Barcelona, que ganhou a Champions League, em que muitos apontam como o responsável pelo marco zero até o time catalão chegar nessa fase atual maravilhosa. E o roteiro, digno de um filme de Alejandro Gonzávez Iñárritu em que os personagens sempre lutam contra a morte, fez o torcedor sofrer até os 42 minutos do segundo tempo. Deco recebe de Fred e encobre o goleiro do América do México.

Linda e emocionante festa. Torcedor chorando feito criança, outros se abraçando, alguns se esgoelando. Sim, o Fluminense vira o jogo faltando 3 minutos e mantém os aparelhos ligados. Sem diretor de futebol, sem gerente de futebol, sem treinador, mas vivo na Libertadores.

Agora, quem tem que dar a bola é o Santos. É outro time brasileiro que está respirando por aparelhos na Libertadores.

Ah, depois olhei o resultado... O São Paulo não conseguiu empatar. Terminou mesmo 3 a 2 para o Paulista.

domingo, 20 de março de 2011

Em busca do prazer

As pessoas buscam o prazer de diferentes formas. Elas escolhem a melhor que lhes convém e vão a luta.

David Luiz, zagueiro do Chelsea, que foi contratado recentemente, tem no futebol a sua fonte de prazer. No clássico de hoje contra o novo rico Manchester City, o zagueirão acabou com o jogo. Não deixou passar nada lá atrás, tirou tudo e ainda teve pulmão pra subir ao ataque e arranjar uma falta no lado esquerdo do campo, junto a linha lateral. Drogba cobrou a falta e David Luiz atingiu o ápice do prazer ao se antecipar da marcação e cabecear para o gol abrindo caminho para a importante vitória do seu time, aos 80 minutos de jogo. E para selar a vitória dos Blues, outro brasileiro também balançou as redes. O volante Ramires, que teve um início difícil no Chelsea, marcou o seu primeiro gol em Stamford Bridge diante da torcida do clube londrino.

Já quem procura o prazer em lutas de Vale Tudo tem que estar preparado pra bater e apanhar. No ano passado, Maurício Shogun Ruas atropelou Lyoto Machida e conquistou o cinturão. Ontem, Shogun fez o papel de trilho que a locomotiva Jon Jones passou. E além da luta, Shogun teve que passar o cinturão para Jon Jones se tornar o mais jovem campeão da categoria.

E quem não é jogador de futebol, nem lutador, encontra o prazer no romantismo da noite da maior lua de todos os tempos como a de sábado que ainda por cima estava linda.


Errata: Quem cobrou a falta na cabeça de David Luiz foi Lampard e não Drogba.

terça-feira, 15 de março de 2011

A bucha do trambulador

Li hoje no blog de Flávio Gomes, jornalista especializado em automobilismo, que no dia 15 de março de 1981, Ayrton Senna conquistava sua primeira vitória na Europa, com um F-Ford. A primeira vitória de muitas outras que vieram pela frente, dentre as quais renderam 3 títulos mundiais de Fórmula 1 para o brasileiro.

Não vou falar da carreira de Senna em geral, mas destaco uma vitória histórica e importante, o primeiro lugar no GP do Brasil de 91. Senna nunca havia vencido no Brasil, apesar de já ter dois títulos mundiais no currículo. Além disso, a equipe Williams dava sinais de evolução, que foi confirmada nos anos seguintes (92, 93, 94, 96 e 97) em que dominou o circo, sendo que os carros de 92 e 93 são considerados como de outro mundo.

Senna fez a pole, saiu em primeiro lugar, porém não teve vida fácil. O brasileiro teve Nigel Mansell, com uma Williams, aparecendo no retrovisor até a 60ª volta, quando o inglês rodou e abandonou a prova. A vantagem de Ayrton em relação ao novo segundo colocado Ricardo Patrese, que também pilotava uma Williams, era de 40 segundos. Mas 40 segundos é uma eternidade, não? Sim, é uma eternidade, mas não quando você começa a ter problemas no câmbio e vai vendo suas marchas quebrarem, entrando apenas a 6ª quando ainda faltam 7, intermináveis, voltas. A vantagem que antes era de 40s, caiu para 5s a 2 voltas do fim. E com requintes de crueldade, a chuva começou a cair, deixando a pista escorregadia. Com muito sangue, suor e lágrimas, Senna conseguiu manteve-se na primeira posição até receber a bandeira quadriculada. Essa é aquela famosa vitória que Senna quase não conseguiu erguer o troféu de tão exausto que estava quando terminou a corrida.

Lembrei dessa vitória de Ayrton, porque passei por algo parecido na última sexta-feira, em que tive que sair do Costa Azul para a Ladeira da Barra e de lá pro Aeroporto, pra depois voltar para a Pituba (que fica a poucos kilômetros do Costa Azul). Esse itinerário seria tranqüilo se todas as marchas estivessem engatando, porém nesse dia meu câmbio quebrou e só entrava a 5ª marcha. Na ida, tive que estacionar o carro, então embiquei-o na ladeira pra soltar o freio e deixar pegar embalo pra começar a acelerar. De lá até o Aeroporto foi tranqüilo, as 6h da manhã a avenida Paralela quase não tem trânsito, é linha reta até bater no Aeroporto. A volta foi que complicou, 7h da manhã a cidade já está em pé e engarrafada. Já é chato ficar só na 1ª e 2ª marchas por 20, 30 minutos, agora imagine ficar esse tempo só com a 5ª marcha, tendo que fazer o motor girar o suficiente para fazer o carro andar? Entrei no carro já com as pernas bambas, quando cheguei em casa mal podia senti-las, mas assim como Senna, também pude celebrar minha vitória.

Ah, o problema do câmbio do meu carro foi a bucha do trambulador. Mas já troquei.

sábado, 12 de março de 2011

Notícia voa?

Novos terremotos aconteceram em províncias do Japão, em zonas montanhosas disse agora a pouco na GloboNews. O que será que deve ter acontecido? Mestre Myagui pegou Daniel San pela mão e disse, vamos, vamos subir as montanhas e não discuta! Em cima deles, vem mestre Dohko com Shiryu, o cavaleiro de Dragão, que nem discute com o mestre depois de aprender a fazer uma cachoeira desaguar para cima.

Pois é, todo mundo já foi, todo mundo se salvou. Agora, Roberto Kovalic começa a repetir o que viu no Japão, simplesmente as mesmas coisas que disse no Bom Dia Brasil. Que eu vi ao chegar na mesa do café da manhã, depois do banho frio pra acordar e ir pra faculdade.

Durante o dia pensei no que escrever em relação ao carnaval. Quer dizer, achei que arrumaria tempo pra isso. Só que mais uma vez, além de pensar no texto, botei o cérebro pra funcionar... Já se passaram milhares de anos que o carnaval acabou, sendo que isso foi bem antes de começar a assistir o Bom dia Brasil e ver as imagens, quase inéditas na era da internet, do tsunami no Japão. Diante disso, vou escrever mesmo sobre o carnaval que acabou há 3 dias atrás?

No momento em que chego em casa, perto da 1hora da manhã, ligo a tv e vejo que o meu cérebro tinha razão. O tempo é cruel inclusive com a televisão.