sábado, 9 de outubro de 2010

Revista da TV

Enquanto que espero o Treino do GP do Japão de F-1 começar, assisto a novela. Não vou mentir pra vocês, de vez em quando eu vejo a novela. No geral ela é ruim, tenta fazer de conta que mostra a realidade, mas é carregada em maquiagem, parecendo um teatro infantil.

Hoje vi uma cena patética da novela. O filho de Fernanda Montenegro (na novela!) espancando Maitê Proença tal como um lutador de telecat, porque descobriu que ela anda trocando o óleo na rua. Ele deu um tapa na cara e uns tapinhas no pandeiro dela. Foi o suficiente para que ela não conseguisse levantar da cama. Depois do round de telecat, o marido traído foi pra garagem pegar o carro para ir tentar afundar um pouco mais a empresa da família e tirar os "honorários" dele, mas se deparou com Cazuza, que fura seu olho. Cazuza, do alto do seu meio metro de altura, espancou a barriga do sócio que tem o dobro do seu tamanho (talvez seja por isso que ele não conseguiu acertar a cara do seu oponente). O filho de Montenegro berrou feito uma moça em apuros até que chegou um porteiro e um segurança. Os dois seguraram Cazuza e o marido traído aproveitou para dar uma muqueta nele descontando o olho vazado. O mel desceu logo no supercílio de Cazuza. Lá em cima, Maitê Proença faz um pequeno resumo do que aconteceu para o ex-cunhado de Alexandre Pato, que é seu filho na novela. O garoto fica com raiva do pai, mas a mãe o calma. Ele então diz pra ela se separar do marido e largar Cazuza, que também pegava a filha de Maitê.

Passione tem muita besteira, mas também tem algumas coisas engraçadas como o triângulo amoroso entre Berillo-Gabriela Duarte-Leandra Leal, que garantem boas risadas e, talvez, seja a trama que tenha menos photoshop. Outro ponto negativo da novela é Giannechini tentando ser vilão. Ele não passa do Coiote que nunca consegue pegar um avestruz acéfalo, que só faz correr pra um lado e pro outro, além de cair nas suas próprias armadilhas. E o que falar de Tony Ramos? O super-homem com cara de amarelo, que ficou de quatro por Mariana Ximenes (ela é gata, mas também não chega a tanto).

Agora deixa eu ir, porque já separaram os carros das carroças, os veteranos dos pilotos, o Q3 já vai começar. Ih rapaz, Schumacher entrou no Q3 e Massa ficou no Q2...

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Além da expectativa

Quando depositamos uma grande carga de expectativa em uma coisa, geralmente terminamos nos decepcionando. Não que a coisa tenha sido ruim, muito pelo contrário, elas são boas. O problema é que a expectativa criada é bem muito maior do que a coisa é na verdade. E é por isso que nos decepcionamos.

Depositei uma enorme expectativa em Tropa de Elite 2. Sempre que saía alguma nota na internet sobre as filmagens do filme, eu ficava mais sedento pelo filme. Cap. Nascimento está mais velho, um pouco grisalho. Cap. Nascimento sofre um atentado na saída do hospital. Há uns dois meses atrás divulgaram um trailer do filme, começava com o barulho de um helicóptero que de repente surgia sobrevoando o Rio de Janeiro em direção a uma favela e a voz do Cap. Nascimento dizendo que, como sub-secretário de Segurança Pública, tinha transformado o Bope numa máquina de guerra. Que nem um viciado em drogas que luta contra o vício, lutei para não aumentar ainda mais a expectativa sobre o filme, para que o tombo não seja de tão alto. Não adiantou. Com uma enorme expectativa criada, fui para o cinema logo na estréia.

Se Wagner Moura disse que Tropa de Elite 2 é o preferido dele em relação ao primeiro, parcero. Acredite. O filme é do caralho! Acabei de assistir Tropa de Elite 2. Talvez seja um pouco cedo e a adrenalina ainda está lá em cima para afirmar isso, mas não me lembro de filme melhor, lançado neste ano de 2010. Enquanto que o Bope distribui balas pros vagabundos, Milhem Cortaz e André Mattos distribuindo cenas cômicas que garantem boas gargalhadas, Nascimento distribui socos e pontapés, só que dessa vez não é nos vagabundos e sim na platéia. Se no primeiro filme o foco era todo na estrutura da Polícia Militar com a corrupção correndo solta dentro dela. Em Tropa 2, Roberto Nascimento passa a ter idéia do tamanho do sistema e quanto mais alta for a esfera do poder, mais perto fica da raiz do problema da questão de segurança pública. No filme, que também aborda muitos fatos e escândalos políticos que foram capas de jornais, os candidatos a deputado estadual e federal e mais o Governador tem suas campanhas eleitorais financiada pela corrupção na segurança pública. Curiosamente, acabamos de ir às urnas, no último dia 03, para eleger um deputado estadual, deputado federal, dois senadores, governador e presidente. Só faltou Roberto Nascimento dizer para que você pense 10x melhor antes de dar seu voto a um candidato.

Tropa 2 é eletrizante. Superou todas as minhas enormes expectativas que depositei no filme através das notas da imprensa, trailer, matérias no fantástico, trechos divulgados e, lógico, do primeiro filme também. Logo de cara, já o coloco num Top 10 dos melhores filmes que já assisti. E por abordar a política brasileira, é um filme que todos devem assistir, além de valer muito a pena.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Irmãos

Irmãos brigam, se estapeiam, se xingam (só não de fdp), sacaneam um com o outro. Negam brinquedos, deixam transparecer que se odeiam. Saem na mão no meio da rua, na frente de todo mundo, fazem intrigas, falam mal um do outro para as pessoas ao redor. Quando não são da mesma idade, o mais velho sempre apronta com o mais novo, seja botando o pé pro mais novo cair, seja dando cascudo e por ser menor e mas fraco, o mais novo se aproveita da proteção que tem dos pais pra ver o mais velho levar bronca, ficar de castigo, ter a mesada cortada...

Mas no fundo, no fundo os irmãos se amam, sentem a falta um do outro. Quando são da mesma idade saem juntos, curtem juntos, fazem “duques”, bebem juntos e ficam bêbados juntos. Quando não são da mesma idade o mais velho protege o mais novo na rua e, no que é possível, o mais novo ajuda o mais velho.

Um tem raiva do outro. Se xingam, fazem intrigas, falam mal um do outro pra terceiros, um bota o pé pro outro cair. Mas também se ajudam na horas certas. Ontem o Atlético-MG ganhou, de virada, do vice-líder Corinthians por 2 a 1. Hoje, foi a vez do Cruzeiro bater o Goiás por 1 a 0. A vitória do Atlético-MG sobre o Corinthians, ajudou o Cruzeiro a tomar a vice-liderança do clube paulista. Já o Cruzeiro, ganhou de um adversário direto do Galo da luta contra o rebaixamento. Um ajudou o outro na tabela do Brasileirão, como os irmãos fazem quando estão na rua com outros meninos, mas em casa podem se xingar, se estapear...

domingo, 3 de outubro de 2010

Boca de Urna

No almoço de domingo com a família, o assunto não poderia ser outro que não fosse Eleição. Um primo meu (por ser o caçula dos netos da minha vó, tenho primos de 50 anos) falou que só votou em oposição. Soou estranho nos meus ouvidos quando ele disse que votou em ACM Neto para deputado federal, Aleluia para senador e Paulo Souto para governador. Essa turma toda faz parte do grupo do finado Antônio Carlos Magalhães.

ACM, como todos sabem, foi o coronel da Bahia por muito tempo, desde a época da ditadura do Brasil até pouco tempo antes de morrer. Depois da sua morte, a Bahia deixou ter um dono e agora muita gente tenta ficar com o espólio de Toinho Malvadeza, como alguns chamam “carinhosamente”, mas sem sucesso algum. Gedel bem que tentou, foi Ministro de Lula, conseguiu reeleger o atual prefeito de Salvador, João Henrique, mas quando pôs o seu nome como candidato a governador do Estado, viu que não tem essa força toda, que pensava que tinha. Está em terceiro lugar nas pesquisas de intenção de voto, sem muitas chances de encostar no segundo, Paulo Souto do DEM. Só uma grande reviravolta na boca de urna poderá colocá-lo no segundo turno, isso se Jacques Wagner do PT não levar a eleição no primeiro turno.

Como o Carlismo dominou a Bahia por muito tempo, até o PT chegar ao poder na Bahia há 4 anos atrás, soa muito estranho quando alguém fala que vai votar na oposição dizendo nomes que estavam no poder num passado recentíssimo. Mas a idéia do meu primo é válida. Não podemos dar vida fácil para Dilma. Precisa de um ACM Neto pra dizer que daria uma surra no presidente da república, de um Paulo Souto para Wagner não ganhar no primeiro turno e se sentir um Deus...