Bora Bahêêêa, minha Porraaa!!!!

Onde ouve-se: "Eu sou o lobo mau / Au au au", ouça: "Eu sou Rodrigo Gral / Au au au"

O Garçom do Copa

No Restaurante Copa, portão 5 do estádio do Morumbi...

- Garçom! Como é o seu nome, amigo?

- Fernando Lúcio.

- Fernando Lúcio, por favor, me traga uma Eisenbahn Weiss e um carpaccio só para começar.

- Aqui senhor.

- Obrigado Fernando!

- Fernando Lúcio, traga aí uma dose de Red Label e um filezinho cortado.

- Muito obrigado Fernando!

Durante a partida contra o Cruzeiro, Fernando Lúcio, mais conhecido como Fernandão, perde dois gols logo de cara no primeiro tempo. Mas Dagoberto recebeu um passe açucarado de Fernandão, para fazer, de cobertura, o segundo gol do jogo. São Paulo 4 x 0 Cruzeiro no agregado do confronto das quartas-de-final, sendo que Fernandão participou de 3 gols distribuindo bola em um e dando duas assistências. O negócio de Fernandão não é fazer gol e sim servir. Merece os 10% da conta.

Depois da apresentação...

O Vitória carimba a passagem para a final da Copa do Brasil. Eu estava assistindo o jogo do São Paulo quando terminou e mudei o canal para o jogo no Barradão. O modesto time do Atlético-GO perde um gol cara a cara com Viáfara, goleiro do Vitória, dentro da pequena área. Um jogador do time goiano se desespera com o desfecho da jogada e corre para a grande área, enquanto que o time do Vitória toca a bola na defesa e puxa o contra-ataque.

Quando o Atlético-GO perdeu o gol, o placar já marcava 2 a 0 para o Vitória, a conta certa para a classificação. O gol perdido deu pinta de que o time goiano tremeu na hora de fazer o gol da classificação. Mas não foi apenas pinta. Na jogada do contra-ataque, o goleiro, que deveria estar debaixo da trave, aparecia na lateral esquerda dando combate em Neto Berola, que botou na frente deixando o arqueiro pra trás e só rolando a bola para Júnior, o diabo louro, fechar o caixão. Não satisfeito em entregar o terceiro gol e a classificação, o Atlético-GO resolveu dar os parabéns de Viáfara e entregar o presente, cometendo um pênalti que Viáfara teve que bater duas vezes para marcar. Na primeira, o árbitro mandou voltar, porque o goleiro do Vitória não deve ter assistido nem lido nenhum jornal nos últimos dois dias e não ficou sabendo que a FIFA proibiu a paradona. A partir de ontem, o jogador não pode correr e parar na frente da bola antes de bater o pênalti. O papelão do Atlético-GO e do goleiro do Vitória mostrou que aquele confronto de semifinal da Copa do Brasil era entre um time verde contra um que ainda não conseguiu amadurecer para entrar no seleto grupo dos times grandes, os que já ganharam um título de expressão nacional. Viáfara tomou um cartão amarelo, antes de fazer de pênalti o quarto gol do jogo no apagar das luzes, que somado com os outros dois, que levou em partidas anteriores, irá tirá-lo do primeiro jogo da final contra o todo poderoso Santos, porque o meninos atropelaram o Grêmio, jogando na Vila.

Viáfara tem até depois da Copa do Mundo para ler os jornais de ontem e procurar as matérias dos telejornais no Youtube a notícia da proibição da paradona, além de esmurrar a parede, a mesa... Dias 28/07 e 04/08 Santos e Vitória decidirão quem ficará com o título da Copa do Brasil e a primeira vaga brasileira na Libertadores de 2011.

Lindo, lindo, lindo

Já aviso de antemão que será tudo nas suas devidas proporções. O São Paulo parece time europeu jogando. Uma Inter de Milão ou um Manchester United ou um Chelsea. Se defendendo, ops! Protegendo seu goleiro com sete, perfeitamente posicionados, defensores, parecendo o muro de Berlim no lado oriental, com uma muralha formada por dois volantes e dois alas e três soldados de vigia só esperando os desesperados, vim tentar pular o muro, para puxar o gatilho. Quando é para atacar um volante e os dois alas engatam a terceira, puxando o contra-ataque com 2 velocistas, de alguma habilidade, e um pivô, inteligentíssimo, de toques rápidos se posicionando para receber a bola lá na frente.

A diferença para os europeus é a técnica apuradíssima para não errar algum passe e os de frente matarem o jogo no menor erro do adversário.

E é assim que o São Paulo joga a Libertadores de 2010. Diferente de 2005, em que o time foi descobrindo a melhor forma de jogar, esse ano parece que o time caiu na real, levantou e decidiu parar de ficar batendo a cabeça na parede tentando jogar no 4-4-2. O caminho é com três zagueiros, então é dessa forma que a gente vai ganhar.

Claro que o time de 2005 era mais refinado do que o de 2010. Começando pela frente. O de 2005 tinha dois atacantes, Amoroso e Luizão. O Amoroso de 2010, também chegou no clube na hora da decisão, mas parece que não sabe botar a bola dentro do gol, como bota o companheiro na cara do gol. Próximo ponto, porque não encontro ninguém no atual elenco que possa ser comparado com Luizão, é o Danilo de 2010 que joga de segundo volante, que nem Mineiro em 2005. Se o meia de ligação necessita treinar mais chute a gol, o camisa 10 inicia a jogada na defesa e vem voando para receber lá na frente. A defesa está igual, as muralhas que antes atendiam por Fabão e Lugano, agora se chamam Alex Silva e Miranda. Como nem tudo é perfeito na vida, tem os contrapontos Edicarlos e Richarllysson. O ala esquerdo ganhou apenas mais um nome, César, mas sabe apoiar quase que tão bem como, o somente, Júnior de 2005.

Este é o time brasileiro que joga mais certo taticamente do Brasil, no atual momento da terceira semana de maio. Se defende bem, seguro e sai com inteligência nos contra-ataques.

P.S: Assistindo final do jogo, vi que esqueci de falar da ala direita, saiu Cicinho e entrou Cicinho. São xarás, mas o Cicinho de 2005 jogava muito mais do que o Cicinho de 2010.

Vão-se os anéis...

Parei o meu carro no estacionamento da pracinha, perto da academia onde malho, e fui correr. Só pra aquecer, pra não pegar peso frio e ter um algum problema muscular ou algo parecido.

Aquecido, voltei ao carro para pegar o dinheiro para pagar a mensalidade da academia. Cadê o dinheiro que estava aqui? O gato comeu. Cadê os outros dinheiros que estavam na carteira? O gato comeu. Cadê o celular que estava aqui? O gato comeu. É, fui roubado. Olhei para um lado, olhei para o outro, nenhum policial, nenhuma viatura, nada dos homens da lei. A quem devemos recorrer nessas horas? Bom, pensei na Mulher-Maravilha, Elektra e na Scarlett Johansson em Homem de Ferro 2. Claro que pensei nelas. Não sou nenhum maluco de chamar um desses muito doidos sequelados que botam uma capa, vestem a cueca por cima da calça e saem por aí voando pela cidade ou pulando de prédio em prédio mascarados.

Mas voltando ao assunto, fui roubado. Do males o menor, foram apenas os anéis. O ladrão foi até gente boa, deixou os documentos, os cartões, até minha barra de proteína que sempre levo pra comer depois do treino. O saldo foi um celular, o dinheiro que estava na carteira e a fechadura do carro que foi forçada e agora a chave não entra. Mas poderia ter sido pior, o ladrão poderia ter levado o meu bem mais precioso, de valor inestimável... Meu iPod. Há um tempo atrás, celular, carteira e iPod iam pro porta-luva do carro. De um tempo pra cá, passei a esconder o iPod em outro lugar, que não revelo, porque com esse programa de inclusão digital, internet “para todos”, daqui a pouco ele lê meu blog e as porras. É melhor guardar esse segredo.

Além de mudar o lugar do iPod, eu mudei algumas outras coisas de deixar no carro. Toda vez que isso acontece, fico pensando que Ele escreve certo por linhas tortas.

Ôôô o Mineirão calou!!

Cruzeiro 0 x 2 São Paulo. Vitória convincente. Não sei porque o São Paulo inste na idéia de jogar com dois zagueiros, se o time sabe jogar como ninguém com 3 zagueiros. Em 2005, o São Paulo ganhou a Libertadores e o Mundial jogando com Fabão, Edicarlos e Lugano na zaga. A defesa se completava com Júnior e Cicinho nas laterais e Josué e Mineiro de volantes.

Ontem o São Paulo meteu 2 a 0 no Cruzeiro, em pleno Mineirão, jogando parecido. Xandão, Alex Silva e Richarlisson de zagueiros, Júnior César e Cicinho nas laterais e Rodrigo Souto e Hernanes de volantes. Esse esquema é o que o São Paulo se adapta melhor. E não significa retranca durante os 90 minutos. Os laterais tem liberdade para subir e apoiar o ataque. Na condução da bola para o ataque, em 2005 era o papel de Danilo. Ontem ficou a cargo de Marlos, que deu o passe para Dagoberto abrir o placar no primeiro tempo. O estreante Fernandão fazia o papel de pivô inteligente, de toque refinado, com alguma habilidade tal como fazia Amoroso, que coincidentemente foi contratado no meio da Libertadores.

Quer dar espetáculo? Jogar bonito? Contrata Messi, Xavi, Neymar, Ganso, traz Kaká de volta. Mas enquanto que Marlos é o armador, Fernandão é o pivô inteligente e o camisa 10 é um volante de habilidade e técnica refinada tem que escalar os 3 zagueiros mesmo, jogar fechadinho na defesa e sair com precisão nos contra-ataques. Ôôôô, Ôôôô, Ôôôô, Ôôôô, Ô Tricolor!!

Mês quatro

Alguns gostam de fazer gols, como os meninos da Vila. Outros fazem o complicado parecer a coisa mais simples do mundo, como faz o melhor do mundo Messi. Tem pessoas que tem o dom de brincar com as palavras como Armando Nogueira, que foi escrever no andar de cima. Enquanto que uns se esforçam para traçar linhas, que só saem tortas, por pura brincadeira como este que vos escreve.

Tem gente que nasceu para desarmar bombas como o sargento James em Guerra ao Terror, tendo que cortar fios que ligam a vida com a morte. Enquanto que outros administram duas TPMs debaixo do mesmo teto com extrema facilidade e transformando a gritaria e aporrinhação em beijos, abraços carinhosos que terminam na conjugação do verbo amar, como Juan Antonio faz com Cristina e Maria Elena no sensacional e mais do que recomendado Vicky Cristina Barcelona de Woody Allen.

Existem pessoas que gostam de dar risada e falar besteira com os amigos em dia de chuva. Outras assistem, isolados no meio da multidão, um pôr-do-sol nublado e achando o cenário divino maravilhoso. Enquanto que há pessoas que iludem o povo jogando a culpa em São Pedro, pelos deslizamentos de terra. Porém os mais responsáveis e precavidos fecham aeroportos, em detrimento de bilhões de euros, para não culpar um vulcão pelas iminentes quedas de aviões e assim preservando milhares de vidas.

Umas estão no começo da vida e já estão preocupadas se vão ou não casar. Enquanto que outras, as vésperas da menopausa, estão marcando a balada de sexta-feira.

Tem gente que se mete a escrever sobre tudo. Outras lêem sobre tudo. Enquanto que agora, vocês vão escolher sobre o que querem comentar, neste texto que pincela um pouco tudo que aconteceu no mês de abril.

*****

Esse texto era pra ser publicado antes, mas a culpa foi de Paulo Henrique Ganso domingo...

Ganso FC

Torci para o Santo André quase que o jogo todo contra o Santos pela final do Paulistão. Vibrei quando liguei a televisão e vi no placar 2 a 1 para o Santo André. E fiquei puto com o gol de empate do Santos, mas antes meu queixo caiu com o passe, magistral de calcanhar, de Paulo Henrique Ganso que botou Neymar na cara do gol. Comemorei o terceiro gol do Santo André. Enchi-me de esperança com a expulsão de Marquinhos tudo isso ainda no primeiro tempo.

No segundo tempo, o Santo André continuou partindo pra cima do Santos, em busca do gol do título. Vibrei quando o juiz expulsou Roberto Brum, que tinha acabado de entrar no lugar de Neymar. Com dois jogadores a menos, precisando segurar o placar, Dorival Júnior resolve tirar o camisa 10, mas que vestia a 17, Ganso. O maestro do time, de apenas 20 anos, diz que dali ele não sai. Mas Dorival precisava recompor o sistema defensivo do time e saca André, que tinha entrado no meio do segundo tempo. Pronto. Virei a casaca, me tornei um vira-folha. Deixei de torcer para o Santo André, até então o meu time desde criancinha naquela final. Passei a torcer pelo título do Santos apenas por causa do maestro Ganso. E não apenas torcer pra ele nessa final e sim torcer para Ganso FC, assim como sou Messi FC, Ronaldinho FC...

Como um veterano camisa 10, Ganso segura a bola para gastar o tempo. Ditou o ritmo de jogo do Santos, girando para um lado, pro outro, esperando a falta, chutando do meio de campo para a linha de fundo do campo do Santo André e aparecendo em toda parte do campo.

A atuação de Ganso, no jogo, mostrou que ele tem maturidade suficiente para ir a Copa do Mundo. Não é qualquer um que faz o que ele fez numa final de campeonato, independente, inclusive, da idade. Kaká é o camisa 10 da seleção e precisa de um substituto. Ganso é o camisa 10 do Santos, mas joga com a 17. Bem que poderia continuar com a 17 na seleção.