terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Ano novo, vida velha.

Curioso como as pessoas depositam uma esperança de vida nova no dia 01 de janeiro. As pessoas acreditam que pelo simples fato do ano mudar, a vida delas também vai mudar. Logo nos primeiros minutos do novo ano, as pessoas fazem promessas de mudanças e acham que no primeiro despertar no ano novo, suas vidas mudarão.
Não penso assim. Deixei de fazer promessas para o ano novo, pelo simples fato de que sei que dificilmente irei realizá-las. Não prometo que vou mudar, não prometo fazer as coisas diferente do jeito que fazia antes, muito menos de deixar minhas manias de lado. Não é no 1º de janeiro que a minha vida vai mudar. Ela vai mudar, mas poderá ser no dia 17 de agosto, ou no dia 6 de maio, enfim, se tiver que mudar não será no dia 1º.
Geralmente as pessoas mudam um comportamento quando levam alguma porrada da vida (comigo acontece assim). Se um comportamento está errado, a vida vai te cobrar por causa disso e será aí nesse dia, que a pessoa vai parar para pensar no que fazia de errado e encontrará uma solução, um meio de mudar.
Nos primeiros minutos de 2008, agradeci pelas coisas boas que aconteceram comigo em 2007 e fiz, é claro, meus pedidos de saúde para minha família, meus amigos e para mim. O resto não fico pedindo, porque depende muito mais de mim mesmo, tenho que fazer a minha parte.
A única coisa que eu fiz, o que talvez a maioria esmagadora faz, foi traçar um único objetivo principal. Talvez as pessoas tenham traçado vários objetivos, vários planos e prometido várias mudanças. Só imagino 1 objetivo, mas claro que ele não será o único do ano. Os outros eu vou traçando e descobrindo a necessidade ao longo do ano, me antecipando aos socos da vida ou na absorção deles.
A minha manhã de 2008 foi igual a manhã do dia 31 de dezembro de 2007, que foi igual a do dia 30 e assim por diante. Primeiro de janeiro não é um dia em que tudo muda de repente, as mudanças acontecem ao longo do ano e não de um dia para o outro. O ano é novo, mas a minha vida continua a mesma como em 2007, aliás não só a minha vida, o mundo continua igual a 2007, o que mudou foi apenas o último algarismo da data.

Um comentário:

Vinicius Grissi disse...

Esperança de mais nunca é de menos. Mas enfim, concordo com você em partes.