quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

Quatro homens e um segredo

Não durou mais do que 3 minutos. Três homens invadiram o Museu de Arte de São Paulo (Masp) e levaram 2 obras do acervo O Lavrador de Café, de Portinari e O Retrato de Suzanne Bloch, de Picasso. As duas obras estavam no segundo andar do museu, mas em locais diferentes, isto é, os ladrões só queriam essas duas obras.

Os três ladrões entram no museu depois de arrombarem o portão principal usando um macaco hidráulico. As câmeras do circuito interno de tv do museu não tinham infra-vermelho e como ainda eram 5 da manhã não havia luz necessária para elas captarem imagnes que ajudasse a polícia a identificar os ladrões. Outro detalhe é que o roubo aconteceu durante a troca de turno dos seguranças, o que possibilitou que a ação dos bandidos não fosse vista por ninguém. Um quarto ladrão ficou do lado de fora para avisar aos outros caso saísse alguma coisa errada.

Dá um bom roteiro de filme. Aliás, já existem filmes semelhantes a esse roubo, destacarei alguns que julgo os principais. O primeiro deles é Thomas Crown - A arte de um crime, em que o próprio colecionador de obras de arte era o ladrão das telas. O segundo foi o que eu assisti recentemente, Cães de Aluguel, em que um gângster planeja muito bem o roubo de uma joalheria, inclusive ele toma o cuidado dos próprios bandidos não saberem o nome verdadeiro do outro, apelidados apenas com nomes de cores. O terceiro, o mais espetacular de todos (em termos de roubo!!), que é Onze Homens e Um Segredo. Danny Ocean é o líder da quadrilha e planeja um assalto espetacular de vários cassinos ao mesmo tempo (a versão original do filme, feita em 1960). Ocean escolhe a dedo os ladrões que farão os roubos e passa dias e dias explicando e ensaiando o plano do roubo para os selecionados.

Esse roubo do Masp se assemelha muito com este último filme citado. A ação durou apenas 3 minutos, ninguém viu e eles só roubaram o que queriam. Devem ter levado alguns meses planejando e ensaiando o assalto. Já com o segundo filme citado, a semelhança é que alguém deve ter encomendado o roubo das telas, devem ter oferecido uma ótima grana para os ladrões. E com o primeiro filme, apenas por se tratar de roubo de obras de arte.

Foi um crime perfeito (existe um filme com esse título). Ninguém sabe quem foi, ninguém viu na hora que aconteceu e a polícia não tem idéia de quem tenha feito isso. Até agora a polícia só sabe como foi o roubo, como fizeram. A essa altura as telas podem estar escondidas em algum lixão de São Paulo ou em alto mar a bordo de um cargueiro, a caminho de Portugal, dentro de algum container de soja ou os ladrões pegaram o avião para fora do país logo depois que fizeram o roubo...

3 comentários:

Vinicius Grissi disse...

É verdade. O roubo dos caras foi muito bem bolado!

Rafaela Marinho disse...

Será mesmo que o básico tem que ser igual? Acho que não. O básico sendo igual ou não, não é o que basta. Pra mim, esse é o problema, pensar básico. Talvez se o básico que é básico, fosse diferente, no começo de uma relação tudo seria diferente, e conforme a vida vai sendo vivida, as semelhanças vão aparecendo, mas elas só apareceram porque se permitiram transcender o básico. Entende mais ou menos? Ou eu sou muito confusa mesmo? Quer dizer, se numa relação, não se permitir viver, nunca se quebrará o superficial, e o que sobra é o básico.

Também gostei do seu blog, te linkei, pode me "linkar" também! haha beijos

Anônimo disse...

Oi,LEANDRO

Apesar da correira,estou aqui pra desejar à vc e aos seus,os votos sinceros de um santo e feliz natal.

Grande abraço!!


http://www.ramsessecxxi.blogger.com.br