sexta-feira, 15 de julho de 2011

Imprudência dos dois lados

Lembro de uma madrugada, voltando do reggae (chamado de balada pelo resto do Brasil) vi um mendigo ou morador de rua querendo atravessar a rua. Apontei lá no início da avenida com o meu carro e o cara estava mais ou menos na metade dela. Eu estava devagar, porque é claro, quando a cada ano que passa (também chamado de envelhecimento) essa coisa de sair correndo, pisando fundo vai perdendo o sentido quando você não é piloto e não está num autódromo. Mesmo me vendo longe e devagar, o cara esperou eu passar para atravessar a rua.

No último sábado (09/07/11), um Porsche e um Tucson colidiram em Itaim Bibi, zona Sul de São Paulo. Os carros colidiram num cruzamento. Depois que o Tucson passou pelo sinal vermelho e foi acertado em cheio pelo Porsche que vinha a 150 km/h. A advogada baiana, Carolina Menezes Cintra Santos, 28 anos de idade, que dirigia o Tucson, morreu no acidente. Enquanto que Marcelo Malvio de Lima, engenheiro, condutor do Porsche teve apenas lesões. O impressionante foi o estado em que ficou o Tucson, virou farelo, migalha. O Porsche ficou destruído também, mas o lugar onde fica o motorista salvou a vida de Marcelo.


O acidente aconteceu de madrugada. Carolina vinha de aniversário a alguns metros da sua casa, enquanto que Marcelo admitiu que havia bebido. De fato Marcelo foi tem culpa no acidente, segundo informações, a rua que ele vinha a 150 km/h é estreita, cheia de bares, casas noturnas, o que a prudência manda que tome bastante cuidado, já que bares, rua estreita significa gente alcoolizada no meio da rua.

Não tenho a intenção de ser advogado do diabo, mas Carolina poderia ter evitado o acidente. Ouvi muita gente dizendo que não dá pra evitar um acidente cujo um dos carros esteja a 150 km/h, é muito rápido não dá pra perceber. Mas um morador de rua só atravessou uma das avenidas de Salvador, há alguns anos atrás, depois que um veículo, que devia vir a uns 50, 60 km/h lá no início da avenida, passou.

Não estou tirando a culpa do motorista do Porsche, muito menos a transferindo para a motorista do Tucson, porém a meu ver, o acidente poderia ter sido evitado. Os dois motoristas foram imprudentes.

Um comentário:

Anônimo disse...

Eu não concordo com vc. Era de madrugada e esse é o precedimento da maioria das pessoas. Qdo não pode avançar de maneira alguma há uma câmera ou aviso. Se ela fosse imprudente teria avançado direto. Nesse mundo louco, ela morreu pq foi prudente. Já ele saiu andando.