terça-feira, 17 de novembro de 2009

A complicação vem da cabeça

Cada dia que passa me apego mais a vida. Adoro ir pra praia, ouvir música, assistir filme, sair, me divertir, cultivar amizades, jogar conversa fora, jogar bola, fazer sexo, viajar, enfim, adoro viver. Procuro sempre me manter vivo e ativo.

Ignoro certas recomendações médicas, tipo deixar de comer tal coisa porque evita câncer. No momento, acho que aproveitar a vida é bem mais recompensador do que se privar de certas coisas, certos hábitos que eu gosto e me fazem sentir bem, por causa de conseqüência futura. Não sei o dia de amanhã, não faço a mínima idéia de como e quando minha vida terá um ponto final. Por isso quero aproveitá-la ao máximo para, na visão da bíblia, descansar em paz.

Viver é algo simples. Porém a sociedade, as pessoas procuram complicá-la ao máximo. É preciso ter responsabilidade para viver, a vida não é brincadeira, é uma coisa muito séria são clichês com presença garantida em discursos politicamente corretos, conselhos e sermões para os mais novos. Quando na verdade precisamos apenas de oxigênio e comida, coisas que o planeta nos oferece em abundância e só não tem mais, por causa da nossa condição de seres racionais. Mas calma, não é pra ninguém largar o trabalho, os estudos e se picar pra praia ou pro mato. Só estou dizendo pra ninguém se estressar com problemas no trabalho, na escola, na faculdade, porque tudo isso é efêmero diante do nosso maior bem que é a vida.

Não quero julgar ninguém, mas suicídio é pra Kamikaze e pessoas desequilibradas. O goleiro do Hannover e da seleção alemã, Enke, morreu na terça passada (10/11/09), atropelado por um trem lá na Alemanha. As autoridades suspeitaram de suicídio logo de cara, o que foi confirmado horas mais tarde ao encontrar uma carta de despedida na casa do goleiro. Em 2006, Enke perdeu uma filha de apenas 2 anos de idade, por problemas cardíacos. O goleiro deixou uma filha de apenas oito meses que tinha adotado em março passado.

Perante a sociedade Enke tinha tudo que um jogador poderia sonhar. Era titular no clube que jogava e tinha presença garantida na seleção alemã para disputar a Copa do Mundo da África do Sul, com enormes possibilidades para ser o arqueiro titular. As coisas mais complexas ele tinha fama, dinheiro e uma carreira bem-sucedida. Porém, ao contrário do que muitos pensam, isso não é tudo na vida.

Um comentário:

Vinicius Grissi disse...

Cada vez mais coloco na minha cabeça que temos que viver todos os dias como se fosse o último mesmo. Este ano muita gente conhecida faleceu, a maioria muito nova e foi a prova de que a vida é mesmo muito incerta.

Por isso, temos que estar sempre atento às oportunidades e curtindo o que temos até o limite.