domingo, 19 de dezembro de 2010

Dentre os grandes és o primeiro

Na última quinta-feira, dia 16, o São Paulo Futebol Clube completou 75 anos de existência. Uma história recheada de títulos importantes, grandes conquistas, jogos emocionantes.

Grandes conquistas como as dos três títulos mundiais de 92, 93 e 2005, respectivamente sobre Barcelona (2 a 1), Milan (3 a 2) e Liverpool (1 a 0), que vieram depois das conquistas das Libertadores desses mesmos anos. Grandes vitórias como aquela em cima do Corinthians em 2005, por 3 a 2, jogo que depois foi anulado por causa do escândalo da Máfia do Apito. Mas também tem derrotas marcantes, porque a vida não é só feita de vitórias e alegrias, como a derrota de 2 a 1 para o Cruzeiro na final da Copa do Brasil de 2000, depois de estar com a mão na taça ao abrir o placar aos 21 do segundo tempo, precisando apenas de um empate com gols. E a eliminação para o Fluminense na Libertadores de 2008, com direito a gol de Washington aos 46 do segundo tempo. Só são algumas que me vem logo à cabeça.

Pode-se dizer que o São Paulo é o time mais vitorioso do futebol brasileiro. Nenhum outro time brasileiro conquistou tanto de tudo quanto o São Paulo, seis títulos brasileiros, três Libertadores e três Mundiais.

A quinta-feira foi apertada pra mim, muita coisa pra resolver em apenas um dia, por isso não tive tempo pra escrever ou, simplesmente, postar nada aqui, mas antes de começar a trabalhar assisti 2 vídeos que deixaram meus olhos marejados. O primeiro foi o bicampeonato mundial de 93, que foi decidido com o inesquecível gol de calcanhar de Muller e na comemoração, o camisa 7 do São Paulo, virou para o zagueiro do Milan, Costacurta e disse: Esse é pra você, seu palhaço! O outro vídeo foi, um dos jogos mais emocionantes que eu assisti na minha vida, São Paulo 3 x 2 Corinthians. O alvinegro abriu o placar com o estreante Nilmar logo no início do jogo, mas que o São Paulo empatou ainda no primeiro tempo com um belo gol de Amoroso. A virada tricolor veio aos 30 do segundo tempo com Souza, mas Rosinei empatou o jogo para o Corinthians. A vitória tricolor veio com um gol de pênalti cobrado por Amoroso aos 42.

Parabéns São Paulo pelos 75 anos de glória! E muitíssimo obrigado por você existir!

O Bicampeonato Mundial contra o Milan em 93

A primeira conquista Mundial contra o Barcelona em 92

A emoção de Galvão Bueno na conquista da primeira Libertadores em 92

Um dos jogos mais emocionantes que eu vi na minha vida, São Paulo 3 x 2 Corinthians pelo Brasileiro de 2005

Obs: A conquista do tricampeonato mundial, foi emocionante também, mas não encontrei um melhores momentos no Youtube que não fosse dividido em duas partes. O único que encontrei foi uma matéria do Globo Esporte. Não queria postar matéria, só queria o jogo.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

O mundo dá voltas

Lembro da primeira vez que vi um jogo no estádio do Morumbi. A minha festa começou ao entrar no avião. Quatro anos, raramente utilizava o transporte aéreo, então toda vez que entrava na invenção de Santos Dumont era uma fascinação infantil.

Em São Paulo só deu tempo de deixar a mochila no hotel e seguir para o estádio. Claro, a terra da garoa também é a terra do engarrafamento. O táxi parou próximo ao estádio e o resto foi andando, até que pude avistar o gigante imponente Cícero Pompeu de Toledo. Na porta, uma cervejinha para brindar o estádio. Lá dentro, passei alguns minutos admirando a festa da torcida, o gramado.

A bola rolou e o sonho parou aí. Logo no início do jogo Josué disputa uma bola aérea e... Cartão vermelho para o volante são-paulino. Já era o sistema defensivo do São Paulo. Alguns minutos depois, alguém que acompanhava o jogo pelo rádio disse que o volante tricolor acertou uma cotovelada no adversário. Logo no início do segundo tempo, o adversário abriu o placar e ampliou menos de 10 minutos depois. O São Paulo veio diminuir aos 30, mas não conseguia fazer nada no jogo, que terminou assim. São Paulo 1 x 2 Visitante.

Deixei o estádio triste com a derrota e pelo gol do São Paulo ter sido do único zagueiro do elenco que eu queria ver longe do Morumbi, Edcarlos. Era o primeiro jogo da final do campeonato mais importante do continente, a Libertadores. Não tinha grandes esperanças de uma virada, o segundo jogo era na casa do adversário que tinha a vantagem de perder até por 1 gol de diferença. Foi uma ducha gelada no meio da alegria de ver um jogo no Morumbi.


Sei bem o que essa menina (linda, por sinal) sentiu. Eu viajei até São Paulo, ela viajou para outro continente. Minha viagem durou apenas duas horas, a dela vinte. No meu caso, meu time perdeu para outro time grande. No caso dela, o futebol foi ainda mais cruel, o melhor perdeu para o mais fraco. Na regra do futebol, ganha quem faz mais gols e não necessariamente será o melhor. E o desconhecido, até então, Mazembe, do Congo, fez 2 gols no Inter e não tomou nenhum. Não importa se D’Alessandro e Tinga são uns monstros no meio-campo, se Kleber cruza com os pés como se fosse com as mãos, se Giuliano é um jovem promissor. O que importa é que Kabango e Kaluyituka balançaram as redes do gol de Renan. Mas a dor da derrota é a mesma, a perda de um campeonato.

Pior do que ver uma eliminação prematura do time num campeonato importante, como é o Mundial Interclubes, é ter que voltar e ouvir as gozações do rival. Os gremistas fizeram festa em Porto Alegre com a derrota do Mazembe. E a rivalidade de Grêmio e Inter não tem igual, é a pior que existe no Brasil. Ambos tem 2 Libertadores e 1 Mundial? Sim. Ambos foram a 2 Mundiais e voltaram com a mão abanando no último? Sim. Mas os gremistas já botaram no Twitter que estão invicto em Mundiais, perderam o título de 95 para o Ajax nos pênaltis, depois do jogo terminar empatado... E assim caminha a rivalidade.

Depois de quatro anos de uma derrota dolorida, estou vingado. O único jogo que eu fui ver no Morumbi foi São Paulo 1 x 2 Inter, o primeiro da final da Libertadores de 2006. O mundo dá voltas.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

A última eleição de 2010


Não votei no segundo turno dessas eleições. Estava longe da minha cidade e justifiquei o voto. Foi uma eleição fraca, em que o roto venceu o esfarrapado. Nenhum dos candidatos inspirava mudanças. A candidata da oposição continuará fazendo tudo o que o seu antecessor e mentor fez, com a diferença de que será obrigada a cortar a mamata do empréstimo, do carnê de pagamento. O da oposição, não faria nada diferente do que o seu partido sempre fez.

A segunda eleição de 2010, a de melhor jogador do mundo, também está assim. Não existe um franco-favorito, uma escolha unânime. Ontem, a FIFA e a revista francesa France Football, que agora dão juntas o prêmio de melhor do mundo, anunciaram os três finalistas da votação. E todos vestem a camisa azul-grená do Barcelona. Messi, Iniesta e Xavi.

Messi é magistral, um demônio dentro de campo, um jogador de vídeo-game, daqueles que você chega rir da jogada e diz que isso só acontece no mundo dos games. Mas Messi não conseguiu conduzir o Barcelona ao principal título europeu, a Liga dos Campeões. Já Iniesta fez o gol do título mundial da Espanha na Copa do Mundo da África. Mas mal conseguiu entrar em campo com a camisa do Barcelona por toda a temporada.

Nesse ano, o melhor do mundo não armou uma jogada sequer, não deu nenhum chute a gol e não fez nenhum desarme, tudo porque ele não podia passar do retângulo que fica do lado de fora da linha lateral do campo, mais conhecida como área técnica. O técnico português José Mourinho foi o melhor do mundo de 2010. Comandou a Inter de Milão na conquista do título da Liga dos Campeões, eliminando o Barcelona na semifinal. A Inter ganhou tudo que disputou na temporada passada sob o comando de Mourinho. Sem o português no comando, a Inter patina no campeonato italiano e se classificou, hoje, em segundo lugar do grupo A na Liga dos Campeões, com direito a uma surra de 3 a 0 do Werder Bremen.

Esqueci de falar de Xavi? Não, deixei-o por último de propósito. Discreto, cerebral e genial. É nele que eu votaria nessa eleição. Xavi é o cérebro do todo poderoso Barcelona e da seleção campeã da Copa do Mundo, Espanha. Em ambos, as jogadas começam, passam ou saem dos seus pés. Não é driblador como Messi, nem veloz como Iniesta, mas deixa um companheiro na cara do gol com um simples toque ou um lançamento perfeito por baixo ou por cima.

Xavi é o cara que bota a bola no pé do homem do gol, talvez isso explique, porque o melhor do mundo ainda não apareceu pra mídia.


*****


Em tempo: A revista italiana Gazzetta dello Sport, que antecipou o anúncio dos 3 finalistas ao prêmio de melhor do mundo, cravou que Iniesta levará a bola de ouro pra casa.

No texto, eu escrevi sobre em quem eu votaria, se fosse participar dessa votação. O anúncio do melhor do mundo será feito no dia 10 de janeiro de 2011.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Vem pra Bahia!


Para dar a largada num GP de Fórmula 1, o famoso “1, 2, 3 e Já” das brincadeiras de criança, cinco luzes vermelhas se acendem. O “Já” é quando todas as 5 luzes apagam de vez.

Domingo acenderá a primeira luz vermelha para o carnaval de Salvador. O verão já está enfiando o pé na porta. Dia 05 de dezembro terá o primeiro ensaio da Timbalada no verão 2010/2011.

Sou fã da Timbalada, não me canso de falar que é a única banda de axé que me faz parar durante uma festa apenas para ver a música. Sim ver a música. Um show de músicos, cantores que você gosta é sempre assistido e não apenas ouvido. Você fica parado em êxtase ouvindo sua banda predileta tocar. Claro que tem aqueles que dançam, que vão pro bate-cabeça, mas mesmo assim a música é o que mais importa naquele momento.

Tem festas de axé que sei quem vai tocar, mas nunca lembro de ter ouvido tocar nenhuma música. É porque nessas festas, a música é apenas um detalhe. Não gosto da música de Ivete Sangalo, de Cláudia Leitte, de Asa de Águia, Chiclete com Banana, Banda Eva e Cia limitada. Respeito todos eles, afinal de contas não conquistaram a legião de fãs a toa, alguma coisa eles tem, eu é que não consigo ver nada. Mas a Timbalada é diferente. É a Nação Zumbi do axé.

Criada por Carlinhos Brown que hoje não faz mais parte no oficial, mas que tudo passa pela aprovação e tem o DNA dele. É como se Carlinhos Brown fosse Don Vito Corleone depois que Michael Corleone assumiu o comando da família recebendo do seu pai o Don no nome. A Timbalada caminha com as próprias pernas, mas sempre anda com os conselhos de “Don” Carlinhos.

Por ser timbaleiro, no meu calendário o verão começa no primeiro ensaio da Timbalada e vai até o último ensaio, no primeiro domingo pós-carnaval. A partir daí começa o inverno em Salvador, o período de chuva. Mas não vamos falar do final e sim celebrar a chegada do verão.

É no verão que Salvador faz jus a estória que o povo conta de que aqui é festa todo dia. Durante o verão sim, é festa de segunda a segunda. Tem os ensaios da Timbalada q cada quinzena, tem ensaios do Harém, ensaio da Banda Eva, Trivela (festa do Asa), Cerveja e Cia Folia (de Ivete), Ensaio Geral (do Chiclete), Evanave (da Banda Eva) e Cláudia Leitte também tem a festa dela, só que agora não me lembro.

Tudo isso vai ser depois que as luzes vermelhas se acenderem e se apagarem. A primeira acenderá domingo, mas, assim como na Fórmula 1, a quinta não vai demorar muito de acender e muito menos as cinco vão demorar pra apagar.

"Vai começar, hein!?!"