domingo, 31 de agosto de 2008

Saudade da Fonte

Na noite da última terça, eu voltava da faculdade. Lembrei que o Bahia estava jogando contra o América-RN e liguei o rádio do carro. Alguns segundos depois, Rogério Rios fez um golaço driblando o goleiro. Comemorei, era o segundo gol do Bahia, aos 27 do segundo tempo, o que praticamente selava a vitória. Mas após o momento de alegria, veio a saudade.
Aquele era o jogo que eu certamente estaria na Fonte Nova assistindo (sou são-paulino de coração, mas aqui eu gosto do Bahia). O roteiro já tinha virado costume. Encontrava com meus amigos (o motorista da vez pegaria todos em suas casas) e rumávamos para a Ladeira do Pepino. Lá tem um barzinho chamado Reduto Tricolor, e a Bohemia custa R$ 1,99 (a mais barata da cidade). O carro fica lá e, depois de 3 ou 4 cervejas, descemos a ladeira, praticamente em pé, atravessamos a rua e entramos na Fonte Nova. Depois dos 90 minutos e algumas latinhas antes e durante o jogo, subimos a ladeira e chegamos no topo já de cara. Mais umas 3 ou 4 Bohemias e depois casa.
Isso acontecia com frequência até o dia 25 de novembro de 2007, quando uma parte da arquibancada superior cedeu fazendo 7 vítimas fatais. A Fonte foi interditada e tudo indica que será implodida, o Bahia está mandando seus jogos em Feira de Santana e nós ficamos sem um dos melhores programas.
A Fonte não volta mais. Deixou a vida e entrou para a história, mas não por opção dela como fez Getúlio Vargas e sim por incompetência, negligência da administração do estádio. Traição maior? Só se for do cara que fez história na Fonte Nova em 1988, atendendo pela alcunha de Bobô que, como diretor da Sudesb (órgão do Estado responsável pela administração do estádio), deixou o maior palco do futebol baiano ficar em ruínas como o coliseu de Roma. Mas ao contrário de Roma, as ruínas são de tristeza, vergonha e saudade. Dá pena ver a Fonte silenciosa, abandonada e o buraco destapado.
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"Não sei se estou no caminho certo, só sei que estou no meu caminho!"
Raul Seixas, cantor

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Ouvindo 1 som

O Google é canal de busca formal. Tudo que você procurar vai estar lá e muitas em linguagem científica, formal. Mas há a outra alternativa de busca, o informal, o mercado negro que é o Orkut. Neste último você encontrar a informação na linguagem mais didática.
Encomendei um iPod e ele chegou nesse fim de semana e fiz tudo o que me mandaram fazer. Baixar o iTunes para transferir as músicas do pc para o iPod. A primeira tarefa eu fiz, mas a segunda não acertei. Até que tive a idéia de buscar esse Know-how no orkut e encontrei lá: "É só arrastar as músicas da lista do iTunes para o iPod que está embaixo de iTunes Store e pronto". Fiz isso e deu certo!
Fiz o teste com 20 músicas e a primeira que botei para tocar no iPod foi essa aí, Don't bring me down de Sia Furler. Ouvi essa música num filme francês chamado 36, com Gerard Denãoseioqueládieu. Bom filme, de ação, corrupção na polícia francesa (lá também tem isso!) e no final tocou essa música.
Não vou falar nada sobre Sia porque não sei nada sobre ela, mas parece que é australiana. Cheguei a baixar o cd dela que tem essa música, mas ainda não ouvi.
Gosto muito dessa música, é uma das que me acompanham na volta para casa depois do reggae (que significa balada, night na gíria daqui).
Agora deixa eu porque não sei o que aconteceu, mas duas músicas importantíssimas (My wild love do The Doors e Tinindo Trincando de Novos Baianos) não apareceram na lista do iTunes e isso está erradíssimo, porque meu iPod não pode ficar sem elas, caso contrário não posso dizer que ele é meu!

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Acabou

Calma, não o blog e sim as Olimpíadas de Pequim que se encerraram no último domingo. Gostei dessas olimpíadas, talvez tenha sido a melhor dos últimos anos. Muitos recordes foram quebrados, inclusive o principal, o de maior número de medalhas conquistadas por um atleta numa mesma edição de olimpíada.
A meu ver, o que contribuiu muito para o sucesso dela foi eu não ter depositado nenhuma expectativa. Não esperei muita coisa. Incialmente meu objetivo era acompanhar as provas de natação e depois o que viesse era lucro. E foi exatamente isso que aconteceu. O lucro veio no atletismo, um pouco no vôlei, maratona aquática, consegui me divertir. Não foi nada fantástico como uma obra da sétima arte dirigida por Tarantino, Kubrick, mas deu pra divertir, passar o tempo como um filme de ação, aventura ou de comédia.
Os momentos de pico foram mesmo com Michael Phelps, Usaín Bolt, Yelena Linda Isinbayeva que deram um show nos seus esportes, além dos rostos bonitos que apareceram como as nadadoras Natalie Coughlin, Stefanie Rice, a jogadora de vôlei Francesca Piccinini, entre outras que vi, mas não sei os nomes. O porém dessas olimpíadas ficam por conta da marcha atlética, que entra olimpíada e saí olimpíada, até hoje não consegui descobrir a utilidade, o motivo da criação dessa modalidade. Pra quê serve? Por quê alguém inventou um jeito rebolativo de andar rápido? E quem foi o maluco que determinou que o percursso dessa prova deveria ter 50 km?
O que eu gosto da olimpíadas é que sempre assisto despreocupado, sem grandes emoções (digo grandes emoções é não ficar na frente da tv torcendo com o coração na mão). Essa é a parte boa de boa de nascer em país fraco em esportes. Não se pode cobrar o ouro ou uma performance impecável de um atleta brasileiro se o país investe pouco no esporte. É até injusto fazer isso e por isso não assisto exigindo ou esperando nenhum milagre de nenhum atleta. Mas claro que vibrei com o ouro de César Cielo (inclusive só saí pra balada no dia após a prova dele), fiquei muito feliz com a conquista das meninas do vôlei e comemorei a vitória de Maurren Maggi. A realidade do esporte brasileiro não permite que o povo faça grandes exigências com relação ao desempenho dos atletas. Ao contrário dos americanos que devem estar se sentindo humilhados com a derrota para a China no quadro de medalhas e vestidos de preto em sinal de luto para o atletismo que foi posto no bolso pelos jamaicanos comandados por Usaín Bolt.
Já estou conseguindo sentir as consequências do fim dessas olimpíadas. Ontem passei uns 15 minutos zapeando a tv depois que CQC terminou. Não achei nada de bom e fui dormir. Reparei também que caí para quinto na tabela do bolão do blog Marcação Cerrada. Antes das olimpíadas eu ficava monitorando as parciais da minha pontuação e dos concorrentes mais próximos. Durante as olimpíadas, só fazia deixar meus palpites e só olhava a tabela por causa dos e-mails que o Vinícius, o dono do Marcação, falando das atualizações. E o pior de tudo, é que agora volto a me preocupar com o São Paulo, que antes de Pequim estava no G4, agora caiu para quinto, já estamos na 22ª rodada, o time está a 8 pontos do líder e ainda não embalou no campeonato.
Meu Deus, preferia minhas preocupações das Olimpíadas que eram se o Phelps conquistaria as oito de ouro, se a Isinbayeva saltaria 5,05m para quebrar o recorde mundial ou que horas seria a prova de Bolt ou a hora que Natalie Coughlin iria para a piscina ou se Stefanie Rice entraria em ação... É, agora só em 2012 em Londres.

domingo, 24 de agosto de 2008

Olimpíada 4: Pratas, Ouro e o motivo de eu ter uma criança

Em Pequim, as frases mudam (deve ser por causa do fuso horário)...
..."Futebol é um jogo de 11 contra 11 e no final ganham os Estados Unidos."
E a outra:
"Homens vencem jogos. MENINAS ganham campeonatos."
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Depois da brasileira Maurren Maggi, saltar, 7,04m ficando com o ouro, contra 7,03m da russa, acontece o seguinte diálogo na tv, ao vivo:
-Parabéns filha!!
-Eu quelia a de Pata.
Veja clicando aqui
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"Só existem dois dias no ano que nada pode ser feito. Um se chama ontem e o outro se chama amanhã, portanto hoje é o dia certo para amar, acreditar, fazer e, principalmente, viver."

Dalai Lama

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Olimpíada 3: Gênios para todos os gostos

Michael Phelps chegou em Pequim com uma missão: ganhar 8 medalhas de ouro. Parecia ser impossível e muito arriscada, pois se não conseguisse chegar aos exatos 8 ouros, a olimpíada seria um fracasso, mesmo que batesse todos os recordes nas provas que ganhasse o ouro.


A missão de Phelps parecia ser impossível para um atleta normal. Mas o assassino das piscinas ou o super-peixe americano ou o fenômeno transformou o impossível em realidade e de uma forma até fácil, com apenas dois sustos para valorizar mais a conquista. Phelps ainda fez cara de bravo quando conquistou o ouro numa prova, mas não conseguiu bater o recorde. Quase todas as conquistas do ouro foram coroadas com a quebra do recorde mundial.


O gênio Phelps foi focado para a missão. Não pensou e não fez nada que não fosse a preparação para as provas durante a sua estadia em Pequim. Ele só fazia comer, dormir e nadar. Com a conquista dos 8 ouros Phelps quebrou o recorde de Mark Spitz. Esse recorde não vai cair tão cedo. Vai durar muitos anos. E o melhor disso tudo é que eu vi o assassino das piscinas atingir essa marca. A história foi feita diante dos meus olhos, mas claro que através da 9mm.


Enquanto que Phelps não quis saber de brincadeira para bater o recorde, o outro gênio, mas das pistas de atletismo, Usaín Bolt brinca de ganhar as provas. O jamaicano abre uma enorme vantagem sobre os seus rivais e um pouco depois da metade do percurso, começa a diminuir a velocidade, como a distância que ele abriu é segura, os adversários não conseguem ultrapassá-lo. Na final dos 100m rasos, Bolt começou a sua comemoração antes mesmo de cruzar a linha de chegada. O tempo que ele fez? 9s69. O que impressiona é que este é o recorde mundial e Bolt demonstra claramente que se corresse com a seriedade de Phelps essa marca poderia baixar mais ainda.

Consegui assistir a final do salto com vara. Junto com as provas de natação, estava na minha grade de programação e eu queria assistir de qualquer jeito. A final era a decisão das medalhas de prata e bronze. Claro, o ouro já era da bela russa Yelena Isinbayeva. Quis assistir a final para ver a bela russa em ação atrás de um novo recorde.


Durante a decisão da prata e do bronze, Isinbayeva só deu dois saltos para garantir o ouro. No resto do tempo, ela só fez dormir e se concentrar e não viu a briga de foice e martelo das outras atletas. A medalha de prata ficou com uma americana que saltou 4,80m e o bronze ficou com duas russas que saltaram 4,75m.

Depois que o pódio estava decidido, Isinbayeva acordou para saltar e disputar contra ela mesma. A primeira vítima foi a Yelena de 22 anos, que conquistou o ouro em Atenas 2004, que teve o recorde olímpico quebrado, a nova marca passou de 4,91m para 4,95. Depois foi a vez de quebrar o recorde mundial de 5,04m, que ela própria havia estabelecido em julho desse ano em Monte Carlo. Isinbayeva saltou 5,05m.

Ela me lembrou Ayrton Senna em 90-91 que ia para as pistas na metade do treino, fazia a melhor volta e retornava para os boxes, saindo de lá só no final do treino para quebrar a própria marca dele, isto é, Senna voltava para a pista para tomar a pole dele mesmo.

Yelena Isinbayeva ainda tem potencial para saltar mais alto. Infelizmente, um dia ela atingirá uma marca que não poderá mais ser quebrada por seres humanos anormais, pelo menos na geração dela. Quando esse dia chegar, é provável que a russa perca a motivação, pegue seus milhões de patrocinadores e publicidade e se aposente para gastá-los e curtir a vida. Adversários ela não tem, apenas a Isinbayeva da competição anterior. Aos 26 anos, ela entra nas competições apenas para quebrar os recordes dela. Enquanto que as adversárias se matam pela prata, ela gasta o mínimo de energia possível para garantir o ouro e depois a competição realmente começa para ela.

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Na final do salto com vara que Isinbayeva bateu o recorde mundial, Fabiana Meurer terminou na 10ª colocação por um erro vergonhoso da organização da competição. Perderam uma vara da brasileira, justamente a que ela iria usar para disputar a prata. Pode ser que ela nem conquistasse nenhuma medalha, já que as marcas das ganhadoras da prata e bronze, ela atingiu poucas vezes. Mas devido ao sumiço da vara, ela não pôde nem tentar.

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Mas quem é Michael Phelps? De onde ele veio? Um nadador da atualidade tentou definí-lo e Mark Spitz também.

"Ele não é de outro planeta. Ele é do futuro, e o pai dele o mandou numa máquina do tempo. Daqui a sessenta anos, ele é um nadador comum, mas o mandaram de volta só para arrebentar com tudo."
Simon Burnett, nadador inglês sobre Michael Phelps

"Eu fui o primeiro homem na Lua. Michael Phelps é o primeiro homem em Marte".
Mark Spitz, ex-nadador

sábado, 16 de agosto de 2008

Olimpíada 2: As caras do Brasil

César Cielo Filho é o retrato mais fidedigno do Brasil. Cielo se tornou o nadador mais rápido do mundo ao conquistar a medalha de ouro do 50m livre, a prova mais rápida da natação, na qual o atleta tem que prender a respiração por um pouco mais de 21 segundos, porque qualquer levantada de cabeça para puxar o oxigênio é garantia de um 8º lugar.
A educação no Brasil é deficiente, aliás é uma piada, sejamos claros e honestos. Os pais que tem dinheiro para pagar a educação de seus filhos que o faça. É um investimento importante e que dará retorno. É importante também pagar um curso de inglês, espanhol e matricular numa escolinha de esporte (futebol, natação, basquete, vôlei...). Um país não se desenvolve sem pessoas de bom nível educacional, sem formação acadêmica, pós-graduações, mestrado, doutorado. Se você tem dinheiro para matricular seu filho em tudo isso, faça, pois o seu país não fará isso por ele. No futuro você verá o resultado do seu investimento, através do brilho do seu filho na carreira que ele escolheu.
Foi exatamente isso que Cesinha fez com o seu filho Cesão. Ele investiu no filho e ontem (estou no Brasil!!) recebeu os dividendos maiores do que qualquer ação da Petrobrás ou da Vale do Rio Doce. Cesinha viu o seu filho se tornar o nadador mais rápido do mundo. Como não existe incentivo do governo brasileiro, do COB e da Confederação Brasileira de Natação e os patrocinadores só aparecem depois dos resultados, Cesinha vestiu a camisa de paitrocinador e bancou o filho nos EUA. Lá Cesão pôde desenvolver seu potencial, lapidar o seu talento e depois ir para Pequim para ser o nadador mais rápido da Olimpíada.
Ao contrário da família Cielo, a família do judoca Eduardo Santos não teve e não tem recursos financeiros para bancar o filho. O atleta bancado pelo país, não conseguiu fazer milagres e voltou de Pequim sem nenhuma medalha. Enquanto que Cielo Filho estudou nos melhores colégios particulares do Brasil, Eduardo foi matriculado numa escola pública. Com boa formação, Cielo brilhou em Pequim e voltará com duas medalhas na mala. Já Eduardo voltará apenas com o surrado quimono na mala.
As olimpíadas são o retrato dos países e os dois Brasis mostraram a sua cara. O Brasil carente, que é o mais populoso, foi para Pequim e voltou sem nada. Já o Brasil da classe média, que é a minoria, conseguiu o ouro. Na educação acontece a mesma coisa. Esse é o Brasil mostrado para o mundo nos rostos sofridos e suados de César Cielo Filho e Eduardo Santos.

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Olimpíada: torcida, revanche e angu

Foi simplesmente incrível a final do revezamento 4x4 100m livre masculino de natação. A disputa pelo ouro foi acirrada no final entre a equipe dos EUA com Jason Lezak e a França com Alain Bernard. A França liderava a prova com quase um corpo na frente dos americanos e até aí o sonho das 8 medalhas de ouro de Michael Phelps ia por água abaixo. Numa virada histórica, Lezak ultrapassou Bernard no final da prova, conquistando o ouro para os EUA.
Tão espetacular quanto o duelo entre Lezak e Bernard foi a vibração de Michael Phelps. Confesso que fiquei arrepiado com a cena. Ele parecia estar em transe.

Tratava a missão de Phelps com indiferença. Logicamente sempre respeitei a tentativa do americano devido ao tamanho gigantesco do feito. Mark Spitz detém o recorde histórico de 7 medalhas de ouro numa mesma olimpíada, conquistado em Munique 72 e até hoje ninguém conseguiu quebrar essa marca. Porém, após essa cena, passei a torcer para Phelps. Já assistia a natação por vontade, agora assisto como um torcedor.

Após a final do revezamento, Galvão Bueno convidou o telespectador para aguentar mais um pouco acordado e assistir a Brasil x Rússia pelo torneio olímpico de vôlei feminino, que seria logo mais. Galvão chamou o jogo de revanche, já que a Rússia eliminou o Brasil na semifinal na última olimpíada, naquele apagão das brasileiras que tiveram o jogo na mão para fechar, mas permitiram a virada (outra histórica) russa.

A única coisa que existe no sentido de revanche é a "negra". Na minha infância, quando alguém (criança) perdia, tinha direito (se quisesse) a pedir a "negra", jogava-se novamente e era a oportunidade do derrotado conseguir a vitória. Fora isso, para mim não existe nada de revanche.

O Brasil ganhou da Rússia, que aliás foi um atropelou, 3 a 0, parciais de 25/14, 25/14 e 25/16. O jogo da revanche não valia mais nada, a não ser mais uma vitória na fase de classificação, moral alta. Nessa "revanche", as russas não foram eliminadas e seguem na disputa pelo ouro e nem as brasileiras se classificaram para a final. Além disso, não foi uma revanche porque a "negra" só pode ser pedida na hora que perde e não 4 anos depois.



Esta aí em cima é a australiana Lisbeth Trickett. Ela conquistou o ouro nos 100m borboleta na natação feminina nesta olimpíada. Olhando para a australiana, começo a achar uma enorme injustiça a suspensão por 2 anos de Rebeca Gusmão, que foi pega no doping por excesso de testosterona... Como diz Armando Nogueira, tem caroço nesse angu.

domingo, 10 de agosto de 2008

Ouvindo 1 som

Sexta-feira fiquei em casa. Todo mundo ficou na indecisão e terminou que ninguém saiu. Abri a internet, dei uma olhada nas notícias, li alguns blogs, o diário de bordo de Pequim de Flávio Gomes, ninguém interessante no msn e, entediado com a internet, corri para a minha última cartada, a televisão. Nenhum filme interessante até, eis quem surge, Crash - No Limite. Filmaço. Já tinha assistido antes, umas 2 ou 3 vezes e resolvi assistir novamente.

É filme que retrata bem a sociedade americana, ao mesmo tempo que ela é extremamente democrática, ela é racista, preconceituosa e hipócrita. O preconceito vem de todos os lados, dos negros, dos branco, dos hispânicos, mulçumanos e é uns contra os outros. Mas nós respiramos.

Desde a primeira vez que assisti esse filme, fiquei louco com essa música Maybe Tomorrow do Stereophonics, que começa a tocar no final do filme, e fiz o que faço sempre que isso acontece: procuro no Youtube e depois procuro pra baixar. Já ouvi bastante essa música, parei um pouco, mas desde sexta que tenho ouvido ela direto. Não conhecia o Stereophonics antes de Crash e depois vi que, com exceção de Maybe Tomorrow e Mr. Writer, não tava perdendo nada. Baixei mais umas 8 ou 10 músicas deles e não gostei. Pelo visto, essas duas músicas são únicas na carreira deles que não sei quanto tempo tem, mas sei que o vocalista tem nome de mulher (Kelly Jones).

Mas eles já tocaram com Noel Gallagher, num especial em homenagem a John Lennon, uma música que eu gostei muito e inclusive era a música que me trazia para casa quando eu voltava dos reggaes (mais conhecido como balada) dirigindo "meio alto", no tempo que a Lei Seca existia apenas no fantástico mundo do código de trânsito e não na vida real.

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Para os que me perguntaram e para os que ficaram apenas se perguntando, quem é o tal de Washington que me assusta. É o camisa 9 do Fluminense, aquele mesmo que acabou com o São Paulo na Libertadores desse ano, fazendo 2 gols, sendo que o 2º, aos 47 do segundo tempo, foi que matou o meu time, que até então se classificava no quilo certo. O mesmo Washington fez os 3 gols do Fluminense contra o São Paulo no jogo da última quarta. E a partir daí, não posso ouvir a tv dizer que Washington está em campo contra o São Paulo que começo a suar frio.

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“A felicidade não é um estado grandioso e eterno, é a soma de pequenos momentos luminosos que se coleciona ao longo da vida”

Dalai Lama

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Bom programa na tv

Amanhã acontecerá a abertura oficial das Olimpíadas de Pequim. A olimpíada é um evento importante, mas não me atrai tanto quanto a Copa do Mundo. Porém ela tem a importância dela comigo.
Não me interesso por uma boa parte das modalidades olímpicas. Por exemplo, não gosto dos torneios de tiro, prefiro muito mais ver Arnold Schwarzenegger dando um tiro na cara do T-1000 no Exterminador do Futuro 2 ou Michael, quando ainda não era Don Corleone, botando uma azeitona na testa do mandante do atentado ao pai dele e outra na garganta do comissário de polícia num jantar de negócio no primeiro filme da trilogia do Poderoso Chefão. Também não gosto de maratonas, acho chata, monótona, a única maratona que eu achei divertida foi aquele “cooper” de Forrest Gump pelos EUA só para esticar um pouco as pernas.
Porém alguns esportes brilham para mim, me obrigando a fazer um esforço para assisti-los como judô, ginástica artística, saltos ornamentais, vôlei de quadra feminino (durante todo o torneio), vôlei de quadra masculino e de praia tanto o masculino quanto o feminino (apenas as fases decisivas). Já o atletismo, apenas alguns atletas me fazem acompanhar com mais atenção, como é o caso de Jadel Gregório, Maurren Maggi e da bela e fenomenal Yelena Isinbayeva, que a única dúvida é se ela levará o ouro quebrando o próprio recorde de 5,04 metros no salto com vara ou não, porque só uma zebra do tamanho de uma girafa (e não duvido que ela consiga pular) para tirar o ouro dela. Esqueci de mais algum? Acho que sim... O futebol! Sim, vou acompanhar o futebol sempre que possível, mas sem sacrifícios como acordar as da 05 manhã para ver jogo da fase de grupo, mas colocarei o despertador nas fases de mata-mata, tanto para o masculino quanto para o feminino.
Acabou? Não, mas deixei para o final de propósito. A modalidade olímpica que eu seria capaz de acordar em plena madrugada, em qualquer fase, só para assistir é a natação. Gosto de natação. Pratiquei o esporte na infância e metade da adolescência. Não foi nada sério, apenas por diversão e para fazer um esporte, mas cheguei a disputar um único torneio no clube que eu nadava. Era um torneio interno, eu devia ter meus 13, 14 anos e ganhei uma medalha de prata no estilo livre, mas que todo mundo chamava no clube de crawl (era o único estilo que eu era competitivo, os outros eu sabia apenas nadar, mas sem muita velocidade). O curioso é que a briga, entre eu e um cara que fazia natação no mesmo horário que eu, pela prata foi acirrada, decidida no detalhe, apenas por eu ter batido primeiro na parede (não adianta nadar mais rápido, tem que bater na parede para o cronômetro parar), enquanto isso o vencedor da prova já tinha tirado o óculos, a touca...
Olimpíadas é bom também porque sempre aparecem rostinhos e corpos bonitos, como a revelação de 2007, as meninas do softball. Nunca tinha ouvido falar nesse esporte, mas gostei do que vi no Pan do Rio, mas não sei uma única regra do jogo. É um bom programa na televisão quando não se tem nada interessante para assistir. Fora os que eu listei que gosto e que não gosto, pode ser que eu conheça mais algum esporte novo se as praticantes chamarem minha atenção, senão assistirei O Exterminador do Futuro 2 ou um dos Poderoso Chefão ou Forrest Gump.

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Andei ganhando uns prêmios alguns meses atrás e recentemente ganhei mais 1.
Alguns (muitos) meses atrás (mas já em 2008), ganhei esses três de Marina do Teimosa Opinião e de Rafaela do Retratos de Aliquem.






Repasso os três para LindaRê do Devaneios da Insanidade 2 e para Cacá do Mais um de jornalismo.
Este quarto prêmio ganhei mês passado (se não estou enganado) de LindaRê do
Devaneios da Insanidade 2



E repasso para Marina do Temiosa Opinião, Rafaela do Retratos de Aliquem, para Loba e para Do do Ramses sec. XXI
E o quinto prêmio ganhei essa semana de Cacá.

Que repasso para o futuro autor de novelas das 9 da Globo, Nando Damázio do A melhor novela de todos os... (o nome é grande!).
Obrigado pelos prêmios, desculpem o atraso na divulgação deles (tem coisas do mundo blogueiro que ainda estou aprendendo) e só não vou colocá-los aí do lado, porque até hoje não consegui fazer isso, mas suspeito que é por causa da configuração do template que escolhi que é o mais simples e básico de todos e por isso não comporta nada além dos links.
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Quando eu era criança tinha medo de Freddy Krueger, Chuckie o brinquedo assassino e Jason. Mas hoje, do alto dos meus 25 anos, morro de medo, fico branco, apavorado, quando vejo Washington com aquela roupa de listras verde, vermelha e branca. Esse cara me dá muito mais medo hoje do que Freddy, Chuckie e Jason quando eu era criança.

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Só isso é pouco

Num dia ensolarado, acompanhando o vai-e-vem das ondas do mar começo a viajar na nossa existência. Qual a nossa missão? Qual o sentido da vida? Fomos criados apenas para nascer, crescer, reproduzir, envelhecer e morrer? Somos feitos apenas para povoar o planeta e deixar descendentes?
Se for apenas isso, acho insignificante. Batalhamos a vida inteira apenas para sobreviver e darmos o melhor mundo que somos capazes de fazer para os nossos filhos (ainda não sou pai, pretendo ser um dia, mas não agora)? Ou será que quando morremos viramos alguma coisa, alguma matéria que alimente alguma outra entidade?
Eu assistia Arquivo X. No seriado, Chris Carter insinuou que o mundo e, consequentemente, todos nós somos controlados por alieníginas, milhares de vezes superiores a nós, que estariam preparando terreno para a vinda deles para cá num futuro (talvez) distante. Os planos dos aliens era colonizar a terra. Ficção ou verdade, será que a nossa alma vira algum tipo de energia ou matéria que alimenta os aliens?
Apesar de todos os avanços tecnológicos, todas as descobertas até então, são coisas microscópicas diante do verdadeiro tamanho das coisas: elas são infinitas, como dizia Jim Morrisson. Até hoje fomos apenas para a Lua e os projetos para enviar o homem à Marte são para daqui a 20 anos. Isso tudo é praticamente nada diante da especulação de que o universo é infinito. O tamanho do universo é especulação com base é milhares de contas matemáticas e previsões que podem ser verdadeiras ou não. Se ele não for infinito, não temos a mínima idéia do que possa existir a partir do ponto que ele termina.
E não precisamos nem viajar pelo espaço, pois não sabemos se o centro da Terra é de fato caldeirão de fogo. Isso é o que os cientistas disseram para a gente, com o aval dos governos. Galileu também havia cantado a pedra de que a Terra era redonda, mas a igreja mandou ele desmentir isso, ameaçando queimá-lo na fogueira. Galileu não pensou duas vezes e voltou atrás. Vivemos na crosta terrestre e nunca conseguimos dar um passeio pelo fundo do mar. O que tem nas profundezas do oceano ninguém sabe, mas no raso sabemos que tem o Titanic.
Descobrimos a roda, a internet, o celular, mas ainda não construímos nenhum motor capaz de nos levar para qualquer lugar no espaço em tempo hábil.
Dizemos que o universo é infinito, mas nem sabemos o que o fundo do oceano esconde, não conhecemos os habitantes de lá. Daqui a pouco os alieníginas de Chris Carter estão escondidos lá com sua nave gigante e o efeito da pressão causada em grandes profundidades nada mais do que a defesa que eles usam para nunca chegarmos lá. Enquanto isso, os terremotos, os tsunamis são obra deles quando precisam de mais energia.
Não sei. Viagens a parte, deve existir algum outro motivo para a gente nascer, crescer, reproduzir, envelhecer e morrer, além de povoar este planeta. A vida é bela, mas se for só isso é pouco demais, não?
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Antes que alguém especule, não perdi o sentido da vida. Quero mais é curtí-la, ganhar dinheiro para financiar minhas baladas, festas, quero sair com meus amigos, pegar mulheres bonitas, assistir futebol, viajar, enfim, viver!! Mas claro que tem momentos em que tenho perguntas de difíceis respostas quem ninguém até agora se mostrou capaz de respondê-las. Morpheus ainda não apareceu na minha frente para me oferecer a pílula vermelha e conhecer toda a verdade. Por enquanto estou curtindo a minha vida dentro dos limites do conhecimento humano ou no mundo ilusório. E prêmios no próximo post!

domingo, 3 de agosto de 2008

Ouvindo 1 som

Vocês me convencem fácil, fácil. Pensei em acabar com a seção porque não estou conseguindo postar os vídeos aqui, mas como falaram para dar um jeito de conseguir, resolvir botar na tora mesmo, sem o vídeo, apenas com o link.
Esta música, Zombie (cliquem aqui para abrir o vídeo) do The Cranberries, é a que eu mais tenho ouvido desde sábado passado. Todos os dias tenho que ouví-la, no mínimo, 3 vezes seguidas para dormir tranquilo. Tudo começou quando ouvi essa música no carro de um amigo meu e assim que cheguei em casa fui procurá-la no Youtube e em seguida procurei para baixar. Já conhecia The Cranberries desde a novela A Viagem, que colocou Linger (bela música na bela voz da bela cantora) na trilha sonora. Outra música bonita deles é Ode my Family. Gostei de Zombie porque é um rock pesado muito bem tocado, o som é limpo, você escuta tudo, inclusive a letra que não é gritada.
O vídeo do Youtube não agrada apenas os meus ouvidos, mas também os meus olhos. Me apaixonei pela cantora, Dolores O'Riordan. Ela é toda linda e a voz dela também. Carinha de marrenta, que nem a filha de Kevin Spacey em Beleza Americana, mas que na verdade não é marrenta. Toda cheia de estilo, elegância até para dar dedo pros outros (prestem atenção no vídeo). De toca vermelha, vestidão preto, piercings na orelha, ela parece aquelas turistas européias (ela é irlandesa!) que vem pra cá pra Salvador e vão correndo pro Pelourinho para ver a bênção do Olodum na terça e se apaixonar por um negão tripé do Pelô. Não tenho três pernas e não sou negão, mas se desse de cara com ela em algum ensaio no verão ou no carnaval no meio do circuito, com certeza gastaria o meu inglês intermediário do ACBEU e tentaria garrá-la de qualquer jeito, mas claro que mantendo o respeito e não como os adolescentes de hoje fazem com as mulheres, à força.
E como vocês podem ver, o problema com o Youtube ainda persiste, mas manterei a seção mesmo assim, gosto dela e vejo que vocês também. Apreciem a música sem moderação.
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"A arte de ser louco é jamais cometer a loucura de ser um sujeito normal"

Raul Seixas, cantor

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Mundo Insano

O jovem traficante Mohammed d’Ali Santos foi preso por matar a inglesa Cara Marie Burke. Os dois eram namorados, mas a inglesinha, que por sinal é muito bonita, ameaçou denunciar o namorado na polícia, se o jovem empreendedor não fechasse a empresa dele. Mohammed não queria ter problemas com a polícia e chegou a espetacular solução de matar a inglesinha. Após transformar a bela garote em presunto, Beira-Mar Júnior resolveu esquartejar o corpo e jogou uma parte dele num córrego, o restante ele guardou numa mala e largou na margem de um rio perto da BR-153. Depois de ser preso Mohammed ainda tentou subornar os policiais oferecendo 70 mil reais. Para quem não queria problemas com a polícia, ele agora vai responder processo pelo assassinato, suborno e tráfico de drogas.
Ontem o time do Vasco entrou em campo sem Morais, Leandro Bonfim e Jean. Morais abandonou a concentração do Vasco porque se sentiu inseguro devido as ameaças da torcida cruz-maltina e por isso não entrou em campo contra o Atlético-MG. Já os outros dois jogadores, segundo Edmundo, não entraram em campo porque não quiseram e alegaram estarem contundidos. Mesmo com toda essa crise entre os jogadores, Edmundo criticando os companheiros e desmentindo a informação oficial do clube, tornando público um assunto interno, o Vasco meteu, inacreditáveis, 6 a 1 no Atlético-MG ontem. Goleada de time que está brigando pelo título, vivendo ótima fase e os jogadores unidos. Mas o Vasco está na 12ª a 2 pontos da zona de rebaixamento e não vive um bom momento. Mas meteu 6 a 1...
Britney Spears não não saiu bêbada de nenhuma boate nas últimas semanas, nem apareceu com cigarro na mão e nunca mais deu "pala" de calcinha. As últimas fotos que os paparazzis tiraram, mostram uma Britney praticamente sem barriga e muito próxima da velha forma que a levou para o estrelato. Mas calma que o mundo não vai acabar, Amy Winehouse foi para o hospital essa semana e dizem que ela passou mal porque um alguém colocou um ecstasy na bebida dela...
O Youtube está me sacaneando. Não quer botar os vídeos dele aqui no meu blog. Sem vídeos, a seção "Ouvindo 1 som" está respirando com ajuda de aparelhos, pois não tem graça escrever o texto e botar um link. O vídeo com a música tem que aparecer aqui para vocês lerem o texto ouvindo o som. Quem souber de alguma pista (ou motivo) do problema que está acontecendo (e pelo que eu vejo a birra é só comigo), por favor deixe um comentário explicando ou com a solução, desde já agradeço, pois não quero acabar com a seção já que me divirto escolhendo os vídeos e escrevendo as histórias que a banda e ou música tem comigo. Inclusive, inventei esse texto hoje para atualizar o blog, porque não consegui postar ontem a música que eu queria.
E o pior de todos, o maior indício de que o mundo está insano, é que amanhã, sábado, terei aula o dia inteiro. Começa 08:40 até 12:00, duas horas para almoço e depois retoma até as 17:30. Logo agora que, ao que tudo indica, o sol está dando as caras "de com força". Semana passada fez um sol forte, coisa que não acontecia desde 1º de Maio, de lá pra cá, era nublado e chovia pelo menos uma vez no dia, se fazia sol era muito fraco.